Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
DE ALMEIDA, Jémerson Quirino
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Orientador(a): |
BRITO, Silvia Helena Andrade de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação (Campus Campo Grande)
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Departamento: |
FAED
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4370
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Resumo: |
Esta pesquisa, desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEdu) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na linha “História, Políticas, Educação”, tem como objeto de estudo a organização do trabalho didático do ensino de História no Brasil, nas duas últimas décadas do século XX. O objetivo geral da tese é compreender como aparece, nos textos relacionados ao ensino de História no Brasil, a forma histórica de organização do trabalho didático que se materializou na educação brasileira no decorrer do século XX. De modo específico, elegemos para investigação a produção de três importantes intelectuais da área de História, que centraram seus estudos no desenvolvimento de pesquisas sobre o ensino de História: Marcos Antonio da Silva; Circe Maria Fernandes Bittencourt e Selva Guimarães Fonseca. Para tanto, realizamos um recuo no tempo de forma a expor o processo histórico que produziu a escola moderna e estruturou o trabalho didático comeniano, o emprego dos manuais didáticos e a sua influência na expansão escolar e massificação da educação no Brasil. Na sequência, passou-se ao estudo das principais publicações dos autores delimitados sobre o ensino de História. Por fim, retomamos algumas discussões sobre o método de pesquisa em História, os desafios do ofício dos historiadores e possibilidades para o ensino de História de forma culturalmente significativa. Nossa pesquisa compactua com uma concepção teórico-metodológica específica que investiga o trabalho didático e seu papel na relação educativa na sociedade burguesa. Procuramos, à luz da leitura de autores clássicos e da teoria marxista, compreender as relações que envolvem a organização do trabalho didático na História da educação. Assim, estudamos os conteúdos das publicações dos autores delimitados sobre o ensino de História a partir da década de 1980 até os anos finais da década de 1990, momento de grande ebulição acadêmica gerada pelas expectativas do contexto sócio-histórico que permeava suas produções: período final da ditadura Civil-Militar; expansão e massificação do ensino; reabertura política; redemocratização; nova legislação e neoliberalismo. Desta perspectiva, foi possível perceber a qual projeto de sociedade a educação estava subordinada. A análise dos textos dos autores nos permite defender a tese de que a construção no Brasil de uma educação hegemonicamente burguesa, condizente aos interesses dos projetos políticos internacionais de cunho neoliberal, provocaram alterações na forma histórica de organização do trabalho didático. Estas alterações promoveram o aperfeiçoamento, porém não a ruptura, com a forma histórica de organização do trabalho didático comeniana. Acreditamos que por meio da educação, a partir da década de 1980, se buscou de forma expressiva legitimar consensos em favor das novas determinações postas pela ordem burguesa no mundo, que visavam ampliar a influência econômica e política das potências capitalistas, ajustando a sociedade ao processo de financeirização da economia, internacionalização do trabalho e globalização do capital. Como principais referências teóricas fundamentamos o nosso estudo em: Marx e Engels; Gilberto Luiz Alves; e Eric Hobsbawm. |