À sombra do capital: as dimensões da reprodução metabólica da economia solidária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nemirovsky, Gabriel Gualhanone
Orientador(a): Fagundes, Mayra Batista Bitencourt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1625
Resumo: A presente pesquisa teve a intenção de levantar reflexões sobre o universo de experiências alternativas de trabalho e renda inscritas naquilo que se denomina Economia Solidária. Essas reflexões foram fundamentadas em uma perspectiva marxiana da qual emerge a dialética da estrutura e da história, balizada por categorias como totalidade e centralidade do trabalho. Para o desenvolvimento da pesquisa tornou-se necessário, portanto, a discussão sobre o modo de produção dominante, o capitalismo, sendo ele a representação do ordenamento global das determinações históricas e estruturais do metabolismo do capital. A partir dessa discussão inicial foi possível identificar os distintos processos interdependentes que caracterizam o estágio atual desse sistema, sendo o pilar fundamental de todos eles a crise estrutural que tem assolado a relação Capital-Trabalho-Estado. Em sequência, articulou-se uma descrição das formas de crítica a essa ordem dominante do capital e como essas se desenvolveram a fim de que se entendesse o estágio atual das alternativas sociais. Com base, nesse contexto procurou-se levantar dados qualitativos e quantitativos sobre a Ecosol, de modo que fosse possível estabelecer as correlações necessárias para se compreender a realidade concreta dessa alternativa social que emerge das contradições da totalidade de relações de produção capitalistas. Com efeito, após esse levantamento de dados, tornou-se necessária a apresentação das teses marxianas dirigidas à Ecosol, no sentido de expor suas limitações e contribuições para a presente pesquisa. Realizado isso, pode-se identificar a presença de quatro dimensões que, além da dimensão interna dos EES, também limitam e regulam o desenvolvimento da Ecosol. Como conclusão, chegou-se a que as contradições existentes na Ecosol fazem dela apenas um instrumento reprodutivo das condições materiais do capital. Entretanto a visualização das dimensões metabólicas que influenciam o desenvolvimento da Ecosol pode ser utilizada para se empreender uma práxis da transição.