Idade, disfunção motora e sintomas neuropsiquiátricos impactam a qualidade de vida na esclerose múltipla

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Brandão, Patrícia de Morais Ferreira lattes
Orientador(a): Christofoletti, Gustavo lattes
Banca de defesa: Tarnhovi, Evandro Gonzalez lattes, Felippe, Lilian Assunção lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Ciências do Movimento
Departamento: INISA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4869
Resumo: Doenças neurológicas atingem diversas funções do organismo, gerando impacto sobre a funcionalidade, a independência e a qualidade de vida dos pacientes. Dentre as afecções neurológicas, destaca-se a esclerose múltipla (EM), que pode causar disfunção motora, cognitiva e neuropsiquiátrica. O objetivo desta dissertação de mestrado foi investigar o impacto da idade, da disfunção motora e dos sintomas neuropsiquiátricos sobre a qualidade de vida de pessoas com esclerose múltipla em comparação com controles saudáveis. Cento e quarenta e um participantes (70 com EM e 71 pares de controle) foram avaliados em uma única sessão. Preditores foram compostos por questionários gerais aplicados em ambos os grupos e por instrumentos específicos restritos a EM. Idade, disfunção motora e sintomas neuropsiquiátricos foram incluídos como preditores, e qualidade de vida como desfecho. Análises de regressão múltipla (R2) foram utilizadas para avaliar as relações entre os preditores e os desfechos. Os resultados apontaram para um declínio da qualidade de vida em indivíduos com EM na comparação com controles. Idade, gravidade da doença e sintomas neuropsiquiátricos afetaram 56,3% da qualidade de vida em indivíduos com EM. No grupo controle, idade e sintomas neuropsiquiátricos explicaram 36,6% do comprometimento da qualidade de vida. A idade impactou a qualidade de vida mais na EM do que nos indivíduos controle (R2=19,9% vs R2=2,9%). Os sintomas neuropsiquiátricos comprometeram os grupos de forma semelhante (38,8% para EM e 36,5% para os sujeitos controles). A gravidade da doença explicou 22,4% da variabilidade da qualidade de vida na EM. Em conclusão, esta dissertação identificou fatores preditores importantes que afetam a qualidade de vida de pacientes com EM.