Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
PLAÇA, JAQUELINE SANTOS VARGAS
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Orientador(a): |
GOBARA, SHIRLEY TAKECO
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação (Campus Campo Grande)
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Departamento: |
FAED
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4386
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Resumo: |
O objetivo da presente pesquisa foi realizar uma reflexão sobre o uso das Tecnologias Assistivas (TA) como artefato cultural para auxiliar alunos cegos ou com baixa visão no atendimento educacional especializado. Para tal, assumiu-se como referencial teórico-metodológico a Teoria da Objetivação - TO. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratório, que foi desenvolvida em cinco etapas: na primeira levantamos e analisamos a situação das salas de recursos das escolas públicas de Campo Grande, por meio de um questionário com os professores que atuam nas salas de recursos do estado e do munícipio, na segunda entrevistamos alunos e professores para levantar as necessidade nos atendimentos, na terceira etapa selecionamos as alunas que participaram da pesquisa e selecionamos as tecnologias assistivas adequadas às necessidades de aprendizagem das alunas (com baixa visão e cega), que aceitaram participar da pesquisa, na quarta etapa elaboramos uma atividade de ensino e aprendizagem com base na TO, utilizando TA consideradas como artefatos culturais. Finalizamos com a quinta etapa, na qual retornamos o contato com as alunas para investigar o que mudou após a intervenção. Para a análise dos dados utilizamos um dispositivo analítico adaptado a partir de outras propostas baseadas em pressupostos bakhtinianos e na teoria da objetivação. Os resultados sobre a situação das salas de recursos apresentaram evidências de que existem problemas nos atendimentos nas salas de recursos, sendo que os mais recorrentes, nas salas investigadas, a falta de material para os alunos, falta de manutenção dos equipamentos e falta de assiduidade e frequência dos alunos. Para suprir algumas dessas dificuldades, os professores investigados afirmaram que elaboram materiais para trabalhar com os alunos, pois os disponíveis não atendem as necessidades dos alunos. Com relação a atividade realizada com as alunas com baixa visão, com a ajuda das professoras que atendem essas alunas, propusemos a atividade com a temática Terra e Universo. Os resultados apresentaram evidências do encontro das alunas com os saberes relacionados ao tema dia e noite e rotação da Terra (processo de objetivação). Também observamos mudanças das alunas (processo de subjetivação) durante a realização da atividade, ao aceitarem-se mutuamente a realização da tarefa, após um início de tensão em que uma delas queria resolver os problemas sozinha. Tais mudanças foram possibilitadas pelo labor conjunto entre elas e a professora, evidenciando uma ética comunitária. Com a aluna cega, identificamos que os artefatos que disponibilizamos e os materiais elaborados criaram uma motivação na aluna que foi perceptível durante as interações, uma vez que no início ela estava tímida e retraída e aos poucos foi interagindo e se entusiasmando com a resolução de cada problema durante labor conjunto com a professora Essa proposta de ensino e aprendizagem baseado na TO e com o uso de artefatos culturais, TA e materiais para realizar experiências táteis, se mostrou favorável para romper com o estado de alienação que as alunas com deficiência são submetidas no ambiente escolar, pois, de uma forma geral, em várias situações do contexto escolar, os alunos aparecem isolados e têm poucas oportunidades de participar efetivamente das aulas regulares e dos espaços coletivos de convivência. |