O espaço e o tempo da educação física nas escolas municipais de tempo integral em Campo Grande/MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Balbino, Solange Izabel lattes
Orientador(a): Urt, Sônia da Cunha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação (Campus Campo Grande)
Departamento: Faculdade de Educação - FAED
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4430
Resumo: Esta pesquisa surgiu da necessidade de conhecer o desenvolvimento da Educação Física nas Escolas Municipais de Tempo Integral de Campo Grande/MS e qual seu espaço e tempo no processo educativo, considerando as especificidades dos projetos dessas escolas. Diante da atualidade do tema, que é a Educação Integral em Tempo Integral, vimo-nos diante da necessidade de conhecer os caminhos trilhados pela Educação Física nesse espaço escolar que se autodenomina distinto. O principal objetivo desta pesquisa foi analisar as ações desenvolvidas na área da Educação Física nas Escolas Municipais de Tempo Integral de Campo Grande – MS. Questionamos se dentro deste modelo de Escola de Tempo Integral essas ações concorrem para possibilitar a formação integral dos alunos. Nossa pesquisa foi traçada na perspectiva metodológica do materialismo histórico-dialético, alicerçada na teoria históricocultural. Os procedimentos adotados para a coleta dos dados foram a entrevista semiestruturada, realizada com professores de Educação Física, e a pesquisa documental, realizada nos Projetos Políticos Pedagógicos e nos Projetos de Atividades Complementares de Educação Física das referidas escolas. Dentre os estudiosos que fundamentaram esta pesquisa encontram-se as autoras Moll (2012; 2014; 2013; 2008) e Cavaliere (2007; 2009; 2014), no âmbito da educação integral em tempo integral, Soares et al (1992), Castellani Filho (1983; 2010) e Taffarel (2009), para a Educação Física. Para fundamentar as bases epistemológicas, trouxemos Vigotski (1926; 1996; 1991; 2003; 2005; 2007), Leontiev (1978; 2004), Luria (2013) e seus interlocutores. Por meio da análise dos dados, percebemos que o professor não tem um sentimento de pertencimento ao contexto escolar e que sente que pode ser expropriado dos seus saberes em prol do atendimento às necessidades de um sistema educacional arcaico e impregnado de concepções cristalizadas acerca do que é a formação dos indivíduos. Entretanto, esses professores procuram trabalhar para a formação integral dos alunos, ainda que com dificuldades em romper com as práticas estereotipadas da Educação Física. No contexto da Escola de Tempo Integral, os dados mostram que é necessário maior investimento, tanto no aspecto financeiro quanto na formação continuada das personagens da escola, pois é preciso maior articulação entre todos, incluindo os saberes escolares num patamar de igualdade. Concluímos que a implementação dessas escolas é um inegável avanço para a melhoria das condições da educação pública brasileira, assim como para a equidade da Educação Física com as demais disciplinas do currículo, contudo consideramos necessário investir tempo e esforço para que se possa oferecer ainda mais experiências e práticas diferenciadas que possibilitem oportunidades concretas de educação integral aos alunos.