Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Sílvia Adriana |
Orientador(a): |
Garms, Gilza Maria Zauhy |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2979
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Resumo: |
resultados da investigação que teve como objeto de estudo o ambiente educativo da creche – tomado como espaço de aprendizagens (de adultos e crianças), de compartilhamento e produção de novos conhecimentos e como um lugar de se viver à pequena infância. Tendo como premissas básicas que em espaços educacionais coletivos, nas interações adulto-criança, o papel do parceiro mais experiente (neste caso, o professor) é norteado pelas concepções e percepções do grupo cultural ao qual pertence, que por sua vez direcionam o olhar sobre a criança, suas formas peculiares de compreender e dar significados ao seu entorno (físico e social), defini como eixo articulador da discussão o entendimento de que os sentidos, valores e crenças que movem as ações/práticas pedagógicas dos profissionais que atuam neste espaço precisam ser “descortinados”. Assim, delimitei como objetivos centrais de investigação apreender como a instituição creche vem desempenhando seu papel de ser espaço de promoção do desenvolvimento humano, buscando entender como os profissionais compreendem o seu papel social e o da creche, adotando como princípio que esta se configura como uma forma privilegiada de perceber, não a totalidade do fenômeno creche, tendo em vista sua amplitude, mas, um dos pontos nodais de sua dinâmica de funcionamento, partindo da percepção pessoal de que cabe aos profissionais “dar o tom” ou “manter o rumo” do trabalho cotidiano das instituições coletivas de educação. Têm-se ainda como objetivos específicos: compreender como os profissionais da educação infantil percebem o ambiente da creche, como vêem e valoram este espaço e sua função social; esquadrinhar as formas de entendimento dos profissionais da creche (em formação e em diferentes momentos da atuação) sobre formação, saberes e ações necessários à pratica educativa com crianças pequeninas; discutir as interferências (positivas e negativas) dos entendimentos e crenças (e, consequentemente das ações) dos profissionais no processo de formação humana e aprendizagens das crianças. Para tanto, a investigação, inserida no campo qualitativo da pesquisa em educação, com caráter exploratório, teve como participantes cinco sujeitos, com perfis distintos, e como procedimento para coleta dos dados o uso do que denominei ‘relatos da prática’, um instrumento híbrido que traz elementos da entrevista e da narrativa em sua constituição. A análise dos dados, realizada usando como método básico a análise do discurso da vertente bakhtiniana e sua proposta de leitura responsiva ativa, permitiu ratificar o entendimento de que a creche se apresenta como espaço polissêmico e polifônico; são múltiplas as representações, percepções, concepções, crenças, valores, ideias, reflexões, discursos, e consequentemente práticas, que compõem o que se tem materializado como instituição educativa da primeiríssima infância que, em grande medida, carece de rupturas e transformações em diferentes aspectos, tais como relações interpessoais (entre adultos e crianças) mais qualificadas; organização pedagógica cotidiana calcada em interações lúdicas e nos interesses infantis; articulação efetiva das práticas de cuidar e educar de forma indissociada, no valor dado a formação em cursos específicos, mas também dos saberes construídos cotidianamente, entre outros. Foi possível ainda entender que a docência neste nível de ensino (mas não só nele) se edifica num emaranhado de possibilidades mescladas que se dão ao longo de sua trajetória (pessoal e profissional) e que ocorrem por muitas vias. Há muitos resquícios de interpretações pautadas em antigas (mas, muito presentes) concepções de criança, de infância e de creche, do papel do professor que precisam ser superados, dando lugar à compreensão de educação para as crianças bem pequenas em espaços coletivos com funções sociais e educacionais específicas, e principalmente, como um direito das crianças que precisa ser respeitado e mais eficazmente fomentado; um desafio que se apresenta aos cursos de formação, mas também para todos os segmentos envolvidos com as causas da educação da primeiríssima infância. |