Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Mairy Batista de |
Orientador(a): |
Pinto, Alexandra Maria Almeida Carvalho,
Waissmann, William |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2570
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Resumo: |
Os acidentes de trabalho estão imersos em concepções que envolvem determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ideológicos. Neste estudo tivemos como objetivo compreender a percepção do trabalhador sobre o acidente de trabalho grave na construção civil, circunstâncias que ocorre, caminho percorrido do momento do acidente ao atendimento na rede de atenção à saúde, e as consequências. Pesquisa com abordagem qualitativa, descritiva e para análise dos dados pautamos-nos no referencial teórico-metodológico da hermêneutica-dialética a percepção da compreensão dos trabalhadores em relação a seu acidente de trabalho grave na construção civil. Utilizamos entrevistas para coleta de dados, com roteiro semi-estruturado, gravadas e transcritas, respondidas, por 17 trabalhadores da construção civil que sofreram acidente de trabalho grave de junho a agosto de 2010, atendidos em Hospital de referência de Campo Grande - Mato Grosso do Sul. Das questões norteadoras emergiram nove categorias. Na categoria ingresso na construção civil é relatado que ocorreu na adolescência. Nas três categorias, a informalidade na construção civil, as circunstâncias do acidente, a atribuição da culpa e a aceitabilidade social do acidente, identificamos que o trabalhador chama pra si a responsabilidade do acidente, assumindo o erro e justificando que ocorre por distração, descuido e desatenção. Na categoria caminho percorrido para o atendimento em saúde se evidenciou o transporte próprio e pelos amigos para acessar o atendimento em saúde. Para período de hospitalização do trabalhador, foi de 1 a 60 dias. As categorias, convivência com as dores, mudanças que não cessam pós-acidente de trabalho e a de difícil recomeço, desvelaram dores físicas, sequelas; incapacidades parciais permanentes; abandono por parte do empregador, perdas econômicas, dificuldades de retorno ao mercado de trabalho em condições satisfatórias de produção. Nas considerações se evidenciam condições de trabalho inalteradas. A saúde do trabalhador é uma área que ainda necessita de construções coletivas, com a participação de trabalhadores, pesquisadores e Estado. |