As formas de polidez empregadas em Tribunais para atenuar os atos ameaçadores dos interlocutores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Aquino, Fernanda Camargo lattes
Orientador(a): Burgo, Vanessa Hagemeyer lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Pós-graduação em Letras - Mestrado
Departamento: CPTL
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4098
Resumo: Este trabalho visa a analisar as formas de polidez empregadas para atenuar os atos ameaçadores à face do defensor e do promotor de justiça no ambiente forense, na comarca de Três Lagoas (MS). Nossa análise se ampara nos pressupostos de Goffman (1967), que desenvolveu o conceito de face como o valor social positivo que uma pessoa efetivamente reclama para si por meio daquilo que os outros presumem ser a linha por ela tomada durante um contato específico. Por intermédio do método empírico-indutivo verificamos quais estratégias de polidez são as mais recorrentes em um plenário de Tribunal do Júri. O presente trabalho está ancorado nas bases teóricas da Análise da Conversação em relação de interface com a Linguística Forense. A pesquisa está fundamentada, especialmente, nas perspectivas analíticas de trabalhos de Goffman (1967), Brown e Levinson (1987), Marcuschi (2003), Koch (2009), Kerbrat-Orecchioni (2006), Coulthard e Johnson (2010), Galembeck (1999) e Coulthard (2007). Para a constituição do corpus, utilizamos gravações de audiências nas sessões do plenário do Tribunal do Júri na comarca de Três Lagoas, interior de Mato Grosso do Sul, transcritas conforme Preti (2003). Ao final, esta pesquisa permite evidenciar que as formas de polidez utilizadas para atenuar os atos ameaçadores de face são mecanismos utilizados, muitas vezes, para fortalecer a argumentação dos interlocutores envolvidos no ambiente forense.