Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Athas, Fernanda Lopez |
Orientador(a): |
Souza, Hélio Augusto Godoy de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1959
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Resumo: |
A presente pesquisa investiga as potencialidades narrativas e as funções significativas que o uso de diferentes técnicas da prática do cinema assumem em um capítulo da série documentária Planeta Terra – A Terra como você nunca viu, produzida pela BBC de Londres e veiculada na televisão britânica no ano de 2006. Foi escolhido como corpus de análise o primeiro episódio da série, intitulado “De Pólo a Pólo”. Para tal análise, foram utilizadas diferentes correntes teóricas: a semiótica filosófica de Charles Sanders Peirce e o realismo científico defendido pelo mesmo autor; os estudos sobre linguagem cinematográfica; a Teoria do Umwelt de Jacob von Uexkull; uma revisão histórica sobre o gênero fílmico e, por fim, o conceito de Empatia elaborado pela neurociência. No primeiro momento da argumentação, delimitamos os conceitos necessários para se compreender de que maneira a linguagem cinematográfica produz signos que agem como representação de aspectos da realidade. Ao resultado que obtivemos, acrescentamos como hipótese que a espécie humana expande suas capacidades de significação quando se utiliza de signos cinematográficos que lidam com conteúdos extraídos do mundo real e cujo objetivo é representar traços dele. O segundo momento é dedicado à análise semiótica e cinematográfica do episódio De Polo a Polo, na qual os conceitos trabalhados no primeiro capítulo foram aplicados, trazendo à tona a ação dos mecanismos da linguagem e da significação no documentário. E, por fim, no terceiro e último momento desta dissertação apresentamos um olhar mais amplo para o filme analisado, procurando uma conexão do mesmo com seu contexto enquanto obra cinematográfica pertencente a uma série; como produto de uma tradição documentária e com objetivos definidos como programação televisiva. Concluímos com a pesquisa que De Polo a Polo é um signo simbólico, capaz de representar seus objetos e gerar interpretantes de terceiridade. Além disso, esse filme foi construído com o objetivo de representar a própria série a qual pertence, pois mostra traços da mesma com o objetivo de situar o espectador quanto ao que esperar do restante da série. A estrutura narrativa de De Polo a Polo foi construída a partir de um grande esforço em causar empatia no público, sendo esta a estratégia do filme em conquistar a audiência para que os capítulos seguintes fossem vistos. |