Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, André Luis Amorim de |
Orientador(a): |
Gonçalves, Marcelino de Andrade |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2014
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Resumo: |
O presente estudo tem por objetivo analisar certos aspectos da dinâmica socioterritorial do trabalho terceirizado. Para tanto, nos debruçamos sobre o setor de transportes em uma das maiores empresas no ramo de eucalipto-celulose-papel do mundo localizada na região de Três Lagoas no Mato Grosso do Sul, a Fibria. Destarte, parte-se da hipótese de que a utilização das práticas de terceirização no setor de transportes desta (mega)empresa, para além das já conhecidas estratégias do ato de terceirizar (redução de custos, flexibilização, vantagens competitivas, qualidade, eficiência, etc.), vinculam-se às exigências que emanam da própria conformação (estrutural-organizacional) do capital nas atuais circunstâncias histórico-geográficas de crise estrutural deste sistema. No bojo desses processos, em que a acumulação flexível e a reestruturação produtiva do capital aparecem como “momentos predominantes” no que tange à organização e gestão do território e do proletariado pelo capital, a força de trabalho terceirizada no setor de transportes da Fibria destaca-se como um elemento-chave (lógico-funcional) no interior da dinâmica do complexo produtivo (circulatório) da Fibria. Isso porque, o uso maciço do trabalho terceirizado aparece como um dos mais poderosos mecanismos táticos contemporâneos que permitem a potencialização da extração de valor, num outro polo. As múltiplas determinações e os traços constitutivos do processo de terceirização (sua dinâmica e estrutura interna), a nosso ver, ampliam as chances do sistema produtivo (e circulatório) do complexo-Fibria ser dinamizado, à custa da exploração da força de trabalho terceirizada, subproletarizada e precarizada. Não obstante, nos meandros das atividades terceirizadas no setor em questão, os trabalhadores(as) vivenciam as contradições impostas pelo sistema do capital, cujas traços mais significativos se expressam em inúmeras formas de precarização das condições de trabalho e de vida. Por fim, cabe ressaltar (e sugerir) que, diante do processo de terceirização investigado, a categoria território, por sua importância, adquire, dentro do contexto de terceirização, novos formatos, cujos conteúdos correspondem às exigências da dinâmica entre os agentes envolvidos, daí a proposição da existência daquilo que a priori estamos denominando de “territórios terceirizados”. |