Efeito da estimulação cerebral profunda (DBS) no comportamento de camundongos, após lesão unilateral do feixe prosencefálico medial com 6-hidroxidopamina (6-OHDA), como modelo animal da doença de parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Araujo, Ricardo Saravy de
Orientador(a): Souza, Albert Schiaveto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2808
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é primariamente uma doença da função motora extrapiramidal, causada por degeneração severa de neurônios dopaminérgicos da substância negra. O tratamento sintomático da DP com L-dopa e drogas agonistas de dopamina predominam a terapia desta doença, e elas são altamente efetivas em tratar os estágios iniciais da doença. Todavia, a introdução de drogas dopaminérgicas está associada com efeitos colaterais agudos. Mais recentemente, a eletroestimulação cerebral vem sendo indicada como uma forma de reverter os sintomas motores da DP em casos mais graves, quando a terapia medicamentosa não surte os efeitos esperados. Assim, neste trabalho nos propusemos a testar o efeito da estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico, no comportamento motor e não motor de camundongos suíços, após lesão unilateral do feixe prosencefálico medial (FPM) com 6-hidroxidopamina (6-OHDA), como modelo animal da DP. Foram utilizados 32 camundongos Suíços, machos, pesando entre 20 e 30 gramas. Os animais receberam injeção unilateral (intracerebral) de salina ou 6-hidroxidopamina no FPM, seguida ou não por DBS unilateral no núcleo subtalâmico. A morte da substancia negra por meio da 6-OHDA foi utilizado como modelo farmacológico da DP, sendo que o DBS foi utilizada como forma de reversão dos sintomas da DP. O comportamento motor dos animais foi avaliado por meio do teste de comportamento rotatório, pelo teste do campo aberto no que se refere aos parâmetros locomotores, bem como a tigmotaxia, autolimpeza e número de bolos fecais. Todos avaliados três semanas após a lesão e uma semana após o início do tratamento com DBS. A lesão com 6-OHDA alterou o comportamento motor dos animais. Contudo, não alterou o comportamento não motor. Observamos que o DBS não reverteu o comportamento motor e não motor, embora, tenha apresentado um efeito ansiolítico independente de lesão. Assim, nossos resultados sugerem que há uma forte relação entre a modulação da atividade do núcleo subtalâmico e as respostas não motoras, sendo o DBS um potencial terapêutico no tratamento dos distúrbios não motores da DP.