Aspectos diagnósticos, terapêuticos e complicações perinatais em gestantes de alto risco com infecção do trato urinário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Érica Freire de Vasconcelos
Orientador(a): Figueiró-Filho, Ernesto Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/338
Resumo: A infecção sintomática do trato urinário (ITU) é comum durante a gravidez, devido às potenciais alterações anatômicas e funcionais. Neste período, adquire importância devido às complicações materno-fetais, como anemia, ruptura prematura das membranas corioamnióticas, parto pré-termo, leucomalácia e óbito perinatal. O presente estudo verificou a frequência de infecção urinária, o perfil bacteriológico, a suscetibilidade aos antimicrobianos e a associação dos antecedentes clínicos obstétricos e das complicações perinatais. Para tanto, a coleta de dados foi realizada utilizando os prontuários das gestantes do grupo de estudo com infecção do trato urinário e do grupo de comparação sem infecção do trato urinário, oriundos do ambulatório de Gestação de Alto Risco do Hospital Universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, durante o período de abril de 2005 a abril de 2010. Foram analisados 864 prontuários de gestantes atendidas no ambulatório, das quais 15,6% (135/864) apresentaram infecção do trato urinário. A média geral de idade das gestantes com infecção foi de 26,9 anos ± 6,5 anos. A Escherichia coli foi o microrganismo mais frequente (34,8% - 47/135). As cepas de E. coli apresentaram maior sensibilidade ao norfloxacino (91,4%), nitrofurantoína (80,8%) e à ceftriaxona (74,4%). Houve pouca eficácia na inibição do crescimento in vitro para ampicilina (42,5%), sulfametoxazol-trimetoprim (31,1%) e cefalosporina de 1ª geração (14,8%). Verificou-se associação significativa entre litíase renal prévia, parto pré-termo, baixo peso ao nascer e infecção do trato urinário em gestantes. A adoção de urocultura como exame rotineiro de pré-natal permite a detecção e tratamento precoce da infecção urinária em gestantes, proporcionando melhores condições perinatais aos recém-nascidos.