Uso do silício no controle da ferrugem asiática na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Guazina, Renato Anastácio
Orientador(a): Theodoro, Gustavo de Faria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3123
Resumo: A soja (Glycine max) é uma leguminosa de grande importância econômica e é cultivada em várias partes do mundo, principalmente nos Estados Unidos e no Brasil. O Brasil mantem a posição de segundo maior produtor de soja, sendo a cultura com maior área cultivada no País e que, atualmente, encontra-se em expansão principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O rendimento da soja pode ser influenciado por fatores como fertilidade do solo, disponibilidade hídrica, sistema de cultivo, potencial produtivo da cultivar e manejo de plantas daninhas, pragas e doenças. Atualmente, a principal doença é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que em condições favoráveis para seu desenvolvimento pode comprometer em até 100% da produtividade de grãos. Estudos de métodos alternativos de controle da ferrugem asiática são raros. Entretanto, alguns trabalhos revelam que a aplicação de silício, via foliar, reduz a severidade de doenças em diversas espécies de planta, inclusive da ferrugem asiática na soja. Dada à relativa carência de informações sobre o uso do silício no controle da ferrugem asiática, este trabalho objetivou: estudar a eficiência do controle da ferrugem asiática da soja em função da aplicação do silicato de alumínio isolado ou combinado com fungicida (Capítulo 1); e avaliar a eficiência da aplicação de silicato de alumínio em diferentes estádios fenológicos da cultura da soja para o controle da ferrugem asiática (Capítulo 2). Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), durante a safra 2012/2013. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco repetições, em esquema fatorial [(2x6)+2]. O primeiro fator representado por dois cultivares de soja e seis programas de controle (Capítulo 1). No Capítulo 2, o delineamento foi o de blocos casualizados, com cinco repetições, em esquema fatorial [(2x3)+2], sendo duas cultivares de soja e três programas de controle. Constatou-se, que a primeira aplicação de silicato de alumínio em R1 e a segunda aplicação com fungicida em R4 ou R5.1 foram mais eficientes no controle da ferrugem asiática da soja. O uso de silício reduziu o número de lesões com urédias, número de urédias por lesão e o número de urédias abertas em folíolos de soja (Capítulo 1). A aplicação de silicato de alumínio foi capaz de reduzir a severidade da ferrugem asiática e a AACPD. Houve incremento na produtividade de grãos quando foram realizadas três e quatro aplicações de silicato de alumínio. O uso desse produto reduziu o nível populacional de lagartas desfolhadoras, bem como, possibilitou a redução do número de aplicações de inseticidas (Capítulo 2).