Bem-estar e taxa de prenhez de ovelhas submetidas à inseminação artificial transcervical sob anestesia subaracnóidea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Carneiro, Renata Padovan Barboza
Orientador(a): Costa e Silva, Eliane Vianna da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1683
Resumo: Este trabalho teve como objetivo verificar o uso de anestesia subaracnóidea, em duas doses diferentes, durante os procedimentos de inseminação artificial (IA) transcervical ovina, sobre o bem-estar animal e a eficiência reprodutiva. Cento e vinte ovelhas adultas pluríparas, da raça Suffolk, foram submetidas à sincronização de estro e foram selecionadas 90 ovelhas pela expressão de cio para compor o experimento. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três tratamentos diferentes: Controle, anestesia subaracnóidea utilizando quetamina na dose de 1,5 mg/kg (AN-1,5) e 0,75 mg (AN-0,75), cinco minutos antes do procedimento de tração cervical. Utilizou-se sémen congelado (n = 2), previamente analisado para fertilidade. Os procedimentos de anestesia foram realizados pelo mesmo técnico, assim como a tração cervical e a IA. Durante os procedimentos de IA, foram registradas reações comportamentais. O diagnóstico de gestação foi feito 35 dias após a IA por ultrassonografia. O uso da anestesia diminuiu as vocalizações (P<0,05) e a contração abdominal (P<0,05) durante os procedimentos de manipulação genital. No momento de pinçamento da cérvix e passagem do aplicador, foi observado maior frequência de gemidos e vocalizações para o grupo controle (P <0,05). A tração de cérvix foi facilitada pela anestesia, uma vez que no grupo controle houve uma frequência maior de tração apenas até a metade da vagina (P <0,05). Como resultado houve um aumento na taxa de prenhez (P <0,05) de 40,0%, 56,7% e 66,7% para Controle, AN-1,5 e AN-0,75, respectivamente. A taxa de prenhez variou significativamente (P<0,05) em função da contração abdominal e do sucesso na tração cervical. Não foi observado efeito do tratamento na facilidade de passagem da cérvix e local de deposição do sêmen, nem diferença entre os machos utilizados (P>0,05). Os animais do grupo controle apresentaram comportamentos associados à imobilidade absoluta, sugestiva de distresse. Em suma, o uso da anestesia subaracnóidea com quetamina, em procedimentos de inseminação artificial ovina, facilitou a tração cervical, beneficiou o bem-estar e aumentou a taxa de prenhez.