Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Gisele Walter da Silva |
Orientador(a): |
Muller, Paulo de Tarso Guerrero |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3099
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Resumo: |
O tabagismo reflete negativamente na função pulmonar e na capacidade para o exercício, como resultado da interação do baixo desempenho dos sistemas cardiorrespiratório e muscular. As modificações na capacidade de difusão pelo monóxido de carbono (DCO) decorrente do enfisema pulmonar, doença das vias aéreas e doença microvascular podem estar relacionadas com a baixa capacidade para o exercício em tabagistas. O objetivo do estudo foi avaliar as respostas ventilatórias e metabólicas em repouso e no exercício em indivíduos tabagistas com DCO < limite inferior da normalidade (LIN) sem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ao todo, 15 tabagistas com DCO reduzida e 15 tabagistas com DCO normal, ambos os grupos sem DPOC, foram avaliados quanto à resistência das vias aéreas, volumes e capacidades pulmonares, nível de atividade física, qualidade de vida e parâmetros do exercício ciclo-ergômetro incremental. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os grupos em relação à variáveis demográficas, nível de atividade física, qualidade de vida e função pulmonar em repouso, exceto nos valores de DCO (p<0,05) que foram de 71,2±9,3% do predito no grupo DCO < LIN e 95,3±10,5% do predito no grupo DCO >LIN. No pico do exercício incremental o grupo DCO < LIN apresentou VO2 menor (1,4±0,4 L.min-1 versus 1,6±0,4 L.min-1, p<0,05) e VE/VCO2 aumentada em relação ao outro grupo (33,5±7,3 versus 29,6±3,3, p<0,05). O grupo com DCO reduzida apresentou também menor eficiência ventilatória em relação aos parâmetros VE/VCO2 slope (28,3±2,32 versus 26,2±2,72, p<0,05), VE/VCO2 nadir (29,5±3,1 versus 27,5±2,0, p<0,05) e VCO2 /LogVE slope (21,1.102±4,3.102 versus 25,5.102±5,4.102, p<0,05). Esta última variável sendo uma nova proposta para avaliação da eficiência ventilatória aqui chamada de COES (Eficiência na Eliminação de Dióxido de Carbono Slope). O COES na análise de correlação apresentou associação mais significativa com a DCO (r=0,706, p<0,01) e VO2 (r=0,878, p<0,01). Conclui-se que tabagistas com alteração leve da capacidade de difusão apresentam eficiência ventilatória reduzida e precoce durante o exercício. Conclui-se também que o COES possui relação com marcadores de capacidade aeróbia de difusão despontando como uma nova proposta de avaliação da eficiência ventilatória. |