Uso de habitat e partição do espaço entre três espécies de pequenos mamíferos simpátricos no Pantanal Sul-mato-grossense, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Antunes, Pâmela Castro
Orientador(a): Bordignon, Marcelo Oscar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/598
Resumo: A coexistência de espécies simpátricas, ecológica ou morfologicamente semelhantes, é possibilitada pela segregação em pelo menos uma das três grandes dimensões do nicho: dieta, tempo e espaço. Para pequenos mamíferos o espaço tem sido relatado como a dimensão mais importante na redução da competição interespecífica. Nossos objetivos foram: (1) Avaliar uso de habitat na escala da paisagem e do micro-habitat e (2) discutir os mecanismos de partição do espaço entre três espécies de pequenos mamíferos, Clyomys laticeps, Monodelphis domestica e Thrichomys pachyurus. Na escala da paisagem, nós caracterizamos as unidades amostrais em cinco fitofisionomias (floresta, cerrado, campo, entorno de corpos d’água e ambiente alterado) e no micro-habitat, a partir da medição de oito variáveis estruturais do habitat. As três espécies estudadas apresentaram sobreposições de ocorrência na paisagem; C. laticeps e M. domestica ocorreram em todas as fitofisionomias, enquanto Thrichomys pachyurus ocorreu prioritariamente em áreas de floresta e cerrado. Na escala do micro-habitat houve segregação no uso do espaço; C. laticeps teve sua probabilidade de ocupação relacionada principalmente com a cobertura da palmeira acuri (Attalea phalerata) e as ocupações M. domestica e de T. pachyurus foram relacionadas com a cobertura da bromélia caraguatá (Bromelia balansae). Apesar da sobreposição observada no uso das fitofisonomias, sendo as três espécies mais abundantes nas áreas de floresta e de cerrado. Nessas áreas, os dois roedores equimídeos que são ecologicamente bastante semelhantes (dieta, tamanho do corpo, atividade) apresentaram diferenças no uso do micro-habitat, enquanto que o marsupial M. domestica e o roedor T. pachyurus, que possuem dietas e períodos de atividade distintos, utilizaram o mesmo tipo de microhabitat. Nossos resultados sugerem que a sobreposição espacial na escala da paisagem pode ser compensada pela segregação no uso dos micro-habitats ou em outras dimensões do nicho.