Senso de coerência, condição e percepção da saúde bucal de drogaditos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Miranda, Liliane de Oliveira
Orientador(a): Lacerda, Valéria Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2416
Resumo: Introdução: Mesmo com a melhora na condição da saúde bucal da população brasileira, a sociedade ainda sofre com a alta prevalência da cárie e perdas dentárias, subentendendo-se que a determinação do processo saúde-doença ultrapassa o determinismo biomédico. Essa condição é frequente entre usuários de drogas ilícitas que estão expostos a situações estressoras. A teoria Salutogênica, cujo ponto central é o senso de coerência (SOC), proposta por Antonovsky, avalia a saúde e a sua relação com fatores estressores. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) do município de Campo Grande-(MS), instituição responsável pelo atendimento aos dependentes químicos, não apresenta o profissional odontólogo para atender à essa demanda. Além disso, há poucos estudos relacionando a condição de saúde bucal de dependentes químicos, suas percepções bucais e o SOC e, mais especificamente, em referência à promoção da saúde. Objetivo: Verificar a relação entre senso de coerência, condição e percepção da saúde bucal de drogaditos. Metodologia: Estudo transversal com 131 usuários adultos de ambos os gêneros do CAPS-AD de Campo Grande (MS), os quais passaram por exame clínico e responderam a perguntas socioeconômicas, percepção da saúde bucal, hábitos de cuidados e usos do serviços odontológicos, além do questionário SOC, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Termo de Assentimento. As variáveis foram testadas e relacionadas aos valores médios do índice CPO-D, uso de prótese, e necessidade de tratamento odontológico. Resultados: A maioria dos pacientes tem uma percepção ruim de sua saúde bucal (51,1%), o escore CPO-D médio dos pacientes foi de 15,63±0,64 dentes, o SOC foi de 40,75±0,70 pontos. Houve associação entre o gênero dos pacientes e a percepção da saúde bucal dos mesmos, porém, sem diferença significativa entre os gêneros. O número de dentes cariados nos pacientes com até 39 anos foi maior do que entre os pacientes com 40 anos ou mais, por outro lado, a quantidade de dentes perdidos e o escore CPO-D total, entre os pacientes com 40 anos ou mais, foi maior do que para os pacientes com até 39 anos de idade. Conclusão: Houve uma correlação linear positiva fraca, entre SOC e a quantidade de dentes cariados dos pacientes, e uma tendência de correlação linear negativa entre SOC e quantidade de dentes a serem tratados, e os pacientes com até 39 anos de idade apresentaram um escore SOC maior do que aqueles com 40 anos ou mais.