Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Elaine Aparecida Cancian de |
Orientador(a): |
Brazil, Maria do Carmo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2877
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Resumo: |
A presente pesquisa dedica-se a estudar a ocupação do território de Miranda, a formação das propriedades rurais e o processo de legalização das terras, nos anos de 1830 a 1892. O trabalho busca dar visibilidade aos grupos sociais excluídos do discurso historiográfico tradicional, como trabalhadores escravizados e pobres livres, especialmente os camaradas e demais indivíduos envolvidos no processo de ocupação, formação e exploração das terras. Em um território de fronteira com os domínios espanhóis, habitado por densa população originária, as estratégias geopolíticas da Coroa portuguesa foram importantes na configuração das posses lusitanas e na ocupação das terras, durante o século 19, por luso-brasileiros. Para a compreensão da região de Miranda, o trabalho apoia-se em documentação diversa, na cartografia e nas narrativas de viajantes que percorreram o espaço no século 19, com destaque para Alfredo d'Escragnolle Taunay e Joaquim Francisco Lopes. O uso das correspondências e dos relatórios oficiais evidencia a relevância da ocupação local para os luso-brasileiros, bem como a fragilidade do forte estabelecido na região ainda no final do Setecentos. Além disso, a análise dos inventários post-mortem, as declarações sobre sesmarias sujeitas à revalidação e legitimação, os autos de medição e demarcação e a legislação de terras expõem o papel das famílias de elite, dos trabalhadores livres e pobres e dos escravizados no processo de apropriação das terras, nas ampliações das propriedades e nas relações de trabalho. Os cativos aparecem como parte da ruralidade local; fica patente a presença dos camaradas nas fazendas. A estrutura agrária era baseada na criação de animais e no cultivo da lavoura. Os proprietários locais usaram de diferentes estratégias durante a execução dos processos de legalização das terras ocupadas, com o objetivo de manterem o poder sobre as propriedades, cujas extensões de terras ultrapassavam os limites permitidos pela legislação vigente. |