Aplicação de geotecnologias como subsídio ao zoneamento físico do meio: estudo de caso em seis municípios de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Moreira, Erika Silva
Orientador(a): Paranhos Filho, Antônio Conceição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2193
Resumo: área de estudo desta dissertação cobre 27.980 km2 contendo dois importantes sistemas ambientais em constante sinergia, Pantanal e Cerrado. De reconhecida relevância internacional, sofrem com a rápida modificação da cobertura do solo, resultante da expansão das atividades agropecuárias e políticas governamentais. A partir da comparação pósclassificação de imagens Landsat TM foi possível observar a dinâmica da cobertura do solo na região de interesse entre os anos de 1996 e 2009. Os resultados mostram que, no período analisado, houve decréscimo de 8,9% da vegetação nativa de porte arbóreo e arbustivo acompanhado do aumento de 14% nas áreas de pastagem e culturas. A distância de centros consumidores e os seus peculiares processos de inundação não pouparam o Pantanal da perda de sua vegetação densa. O aumento da cobertura antrópica neste sistema atingiu 18% no curto intervalo de tempo analisado. Nem mesmo as áreas legalmente protegidas foram poupadas das influências antrópicas na distribuição e dinâmica da vegetação nativa. Quatro unidades de conservação localizadas na área de estudo foram analisadas quanto à supressão de suas coberturas nativas. Para tanto, aplicou-se a combinação de dois métodos, sendo estes o aprimoramento de imagem e comparação pós-classificação. Esta combinação foi escolhida, pois possibilita o monitoramento das mudanças ocorridas nas unidades de forma rápida e direta. É preocupante a situação das áreas protegidas, visto que as limitações impostas legalmente não impediram o desbastamento da vegetação nem mesmo dentro dos limites daquelas unidades ditas de proteção integral. Os impactos ambientais da conversão de grandes áreas de vegetação nativa, decorrentes da ocupação antrópica, são agravados quando associados à vulnerabilidade intrínseca do meio. As pressões exercidas pelo homem nos constituintes do sistema (solo, clima, vegetação, e.g.) ao exacerbar o limiar de absorção deste levam a mudanças no equilíbrio de seus processos. Estas mudanças envolvem transporte de material, evolução morfológica e rearranjo estrutural. Neste sentido, os estudos relacionados ao mapeamento da distribuição espacial da vulnerabilidade podem definir e nortear de forma racional a ocupação antrópica de um território, servindo de base para o zoneamento físico do meio. A determinação da vulnerabilidade de um sistema, assim como seu mapeamento, é conduzida através três modelos diferentes, comparando-se os resultados. A ponderação da importância dos constituintes do sistema, através do Processo Analítico Hierárquico (PAH), na determinação de sua vulnerabilidade aproximaram os modelos da realidade encontrada. Já em 1996, aproximadamente 91% da área estudada eram classificadas com grau de vulnerabilidade média e alta. As geotecnologias ofereceram excelentes resultados no mapeamento e monitoramento ambiental e territorial da área de interesse. Sua utilização mostrou-se pré-requisito para o planejamento e gestão da ocupação antrópica do território, por orientar as tomadas de decisões de maneira rápida e dinâmica, com relativo baixo custo.