Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Maína de Oliveira |
Orientador(a): |
Chang, Marilene Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/379
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Resumo: |
Estudos revelam que as fungemias ocasionadas por leveduras do gênero Candida tem se tornado freqüentes na prática médica devido à sua habilidade de colonização, oportunismo e desafios terapêuticos atribuídos ao difícil diagnóstico e tratamento. Estas infecções estão associadas a fatores de risco, como o uso prolongado de antibióticos, a utilização de procedimentos invasivos e técnicas cirúrgicas, principalmente em pacientes imunocomprometidos ou com doença de base severa. O objetivo deste trabalho foi estudar as leveduras do gênero Candida isoladas a partir de hemoculturas de pacientes internados no Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul entre 1998 e 2007, bem como estudar os aspectos clínicosepidemiológicos das candidemias e o perfil de susceptibilidade antifúngica. A detecção das leveduras presentes nas amostras coletadas foi realizada pelo sistema Bactec® e a identificação das espécies por meio de metodologia convencional: pesquisa do tubo germinativo, auxanograma e microcultivo. A susceptibilidade antifúngica foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo (M27-A2, CLSI). No período de estudo, foram registrados 114 casos de infecção na corrente sanguínea por Candida spp. A mediana das idades entre os pacientes adultos foi de 53 anos e entre os pediátricos de 36 dias. As principais condições de risco foram: o uso prévio de antibióticos (100%), presença de cateter venoso central (82,5%), internação em UTI/CTI (65,8%), uso de bloqueadores H2 (64%), nutrição parenteral (57,2%), colonização prévia (56,1%), ventilação mecânica (52,6%) e cirurgia abdominal (29,8%). Segundo a evolução clínica dos pacientes, 59,6% foram a óbito. Candida albicans foi a espécie mais frequentemente isolada (47,4%), seguido de Candida parapsilosis (32,5%), Candida tropicalis (14,0%), Candida glabrata (5,3%) e Candida krusei (0,9%). Houve associação significativa entre o acometimento por C. glabrata e realização prévia de cirurgia abdominal, e entre o isolamento de C. tropicalis e a presença de neutropenia e leucemia. Foi realizado teste de susceptibilidade frente ao fluconazol, itraconazol e anfotericina B em 103 isolados de Candida de diferentes pacientes. Entre todas as espécies a baixa sensibilidade aos antifúngicos foi rara. Somente uma cepa de C. glabrata foi resistente ao itraconazol (CIM:1 μg/mL), outras 11 foram sensíveis dose dependente (9 ao itraconazol e 2 ao fluconazol). Não foi evidenciada a resistência cruzada entre os azóis. Todas as cepas foram sensíveis à anfotericina B. |