Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Maria de Fátima Falcão |
Orientador(a): |
Ítavo, Camila Celeste Brandão Ferreira,
Leal, Cássia Rejane Brito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2283
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Resumo: |
Objetivou-se com esse estudo avaliar a atividade antibacteriana in vitro da própolis marrom, produzida em Terenos, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Esta própolis foi proveniente das plantas: Luehea sp., Piptadenia falcata, Tabebuia spp., Tabebuia caraíba, Vernonia spp. e Cecropia pachystachya. Dois experimentos foram conduzidos, um sobre microrganismos ruminais e outro sobre patógenos clínicos. O extrato alcoólico de própolis 35% (35 g de própolis bruta macerada e 65 mL de álcool de cereais) apresentou 29,90 mg/mL de cera, 151,28 mg/mL de resíduo seco, 27,65 mg/mL de fenóis totais e 13,95 mg/mL de flavonoides totais. No primeiro ensaio avaliou-se a atividade antibacteriana do extrato de própolis por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de sensibilidade por microdiluição. Foram utilizados 32 isolados de bactérias Gram-positivas: Rhodococcus equi, Staphylococcus aureus, Staphylococcus hyicus, Staphylococcus spp., Streptococcus spp., e 32 isolados de bactérias Gram-negativas: Enterobacter agglomerans, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella sp., Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas spp., Salmonella spp. e Serratia rubidaea. Todas as amostras de bactérias foram obtidas de processos clínicos infecciosos de animais domésticos, mantidas congeladas a -20oC, com criopreservante glicerol v/v. O extrato de própolis apresentou atividade antimicrobiana com uma CIM variando de 2,25 a 18,9 mg/mL para as bactérias Gram-positivas e de 4,5 a 18,9 mg/mL para as bactérias Gram-negativas. Conclui-se que esta própolis tem ação bactericida, porém, o efeito depende da espécie do microrganismo e de sua procedência. No segundo ensaio, avaliou-se a inclusão do extrato de própolis em quatro diluições em água (0-50-70-100%) e doses (4; 8; 12; 16 e 20 mL/kg de MS de ração), por meio da produção cumulativa de gases in vitro ajustada nos modelos Logístico Bicompartimental e Exponencial. A ração foi composta por 40 g/kg de feno de capim-Tifton e 60 g/kg de concentrado. As amostras foram incubadas por 96 horas. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado em esquema fatorial, com quatro tratamentos e cinco doses, em triplicata. Houve interação significativa entre tratamento e dose para degradabilidade da MS, com o tratamento sem aditivo foi igual a 678,55 g/kg e o tratamento com Álcool-puro apresentou efeito exponencial negativo com 303,61 g/kg para a dose de 20 mL/kg MS. O Extrato 100% apresentou os maiores valores de degradabilidade, com máximo estimado em 18,93 mL/kg MS. O Extrato 70% apresentou mínima de 6,35 mL/kg MS e o Extrato-50% 7,65 mL/kg MS. Houve efeito de tratamento e de dose sobre a produção de gases. O Tratamento Álcool-puro apresentou potencial de redução de -0,32 mL de gás para cada mL de álcool adicionado. No Extrato 70% a máxima estimativa foi 11,43 mL e 12,60 mL respectivamente para os modelos Bicompartimental e Exponencial. No Extrato 100% as máximas foram 13,10 mL e 12,07 mL de extrato, respectivamente, com as maiores estimativas de produção de gases, com valores acima de 30 mL de gás/100mg de MS fermentada. O extrato alcoólico de própolis tem ação positiva sobre a degradabilidade e produção de gases. Sugere-se a utilização de 13 mL/kg MS do extrato alcoólico de própolis 35%, para rações com relação volumoso:concentrado igual a 40:60 para bovinos. |