Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Flandoli, Beatriz Rosália Gomes Xavier |
Orientador(a): |
Leão, Inara Barbosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/689
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Resumo: |
O presente estudo foi realizado para investigar, à luz do referencial da Teoria Sócio-Histórica, a escrita criativa, enquanto expressão e elaboração do pensamento e como constituinte de uma função psicológica superior, que depende da interiorização dos elementos mediadores que, na nossa cultura, são propiciados pela escolarização. A partir das considerações de Vigotski, considera-se que a criatividade desenvolvida na escrita é um recurso que está disponível para ajudar o homem a estruturar seu pensamento e elaborar suas emoções. Para Vigotski, a criação escrita se dá a partir do que ele chamou de segunda metade da idade escolar, ou seja, o período denominado de adolescência pela nossa cultura. Por essa razão, o período investigado na presente pesquisa foi aquele que vai da quinta à oitava séries do ensino fundamental. O primeiro capítulo apresenta a contextualização da escrita, mostrando como a escrita se constituiu historicamente. Apresenta, também os conceitos de pensamento e linguagem e de mediação e afetividade, fundamentais para a compreensão do tema, encerrando-se com as idéias de Luria sobre o pensamento produtivo que dá origem à escrita criativa. O segundo capítulo trata da Educação e da escrita criativa e traz as idéias de Vigotski e do seu contemporâneo Jean Piaget, destacando os contrapontos entre os dois teóricos, salientando as contribuições de Vigotski na consideração da função educativa. Estuda-se o conceito de adolescência e de catarse, à luz desse referencial teórico, e apresenta-se idéias de Luria, Vigotski e Teplov sobre os processos criativos aplicados à escrita. O terceiro capítulo traz a descrição da metodologia da pesquisa, o instrumento e os sujeitos e descreve o método de análise utilizado para a consecução do objetivo a que se propõe o trabalho que é a análise gráfica do discurso. Foram analisados graficamente os processos de consciência de três professoras de Língua Portuguesa da rede pública municipal e estadual e de escola privada, na cidade de Campo grande/MS, buscando apreender as conseqüências das suas mediações na prática pedagógica, quando ensinam seus alunos a escrever. As considerações finais apresentam as reflexões sobre o trabalho e apontam que as três professoras apresentam diferentes posicionamentos quanto à sua práxis; afirmam que a escrita não é ensinada na escola, entretanto, duas delas em seus discursos descrevem métodos e técnicas que utilizam para efetuar esse ensino, demonstrando, assim, uma provável influência do pensamento de Piaget em seus discursos e apresentando um distanciamento conceitual entre o que descrevem e o que afirmam. |