Participação discente na produção científica dos programas brasileiros de pós-graduação stricto sensu em Administração

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: Souza, Saulo Aparecido de
• Orientador(a): Reinert, José Nilson
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Pós-Graduação; Ensino Superior; Administração - educação; Bibliografia - produção; Avaliação de Programas Educacionais; Periódicos Científicos
• Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1051

Este estudo analisa o grau de participação discente nas publicações dos programas de pósgraduação em Administração brasileiros entre 2000 e 2008. Especificamente, procura identificar a participação discente entre diferentes tipos de publicações (anais, periódicos e livros), entre programas com diferentes conceitos obtidos nas avaliações da CAPES e a proporção de publicações realizadas em coautoria com seus orientadores. A fundamentação teórica aborda alguns tópicos relacionados com a universidade e pesquisa na pós-graduação, a pós-graduação brasileira, a avaliação da CAPES e, por fim, algumas tendências recentes nas quantidades de estudantes, docentes e programas da pós-graduação em Administração. O estudo caracteriza-se como predominantemente quantitativo e descritivo. Realizou-se um levantamento incluindo 2.995 publicações de 38 programas de pós-graduação em Administração, no intervalo entre 2000 e 2008. Dados secundários foram coletados a partir dos Cadernos de Produção Bibliográfica utilizados pela CAPES para realizar a avaliação dos programas. Os resultados indicam que a participação discente ocorre em 53% das publicações dos programas no triênio 2001-2003, 57% no triênio 2004-2006 e 59% no biênio 2007-2008. O crescimento da participação discente ocorre em uma razão mais elevada nos programas de IES privadas do que de nos de programas de IES públicas. Em geral, a produtividade discente passou de 0,28 produto, em 2000, para 0,70, em 2008. As publicações discentes são relativamente concentradas na forma de anais de eventos, mas essa concentração reduz à medida que avançam as titulações dos estudantes, quando passam a ocorrer maiores participações em periódicos e livros. Ocorrem maiores níveis de participação entre programas com conceitos mais elevados (com conceitos 5 e 6) do que entre programas com conceitos menos elevados (conceitos 3 e 4), tanto nas quantidades publicadas quanto nas pontuações atribuíveis a essas publicações (pontuação Qualis). A forma de publicação discente mais comum é em coautoria com algum docente. Destas, 81% são em coautoria entre estudante e respectivo orientador. Há maior ocorrência de publicação em coautoria com orientadores entre estudantes com menores titulações, tornando-se menos frequente conforme avança a titulação. Conclui-se que tanto a participação discente nas publicações quanto a produtividade discente cresceram no período. O perfil da produção discente tende a se desconcentrar das publicações em anais, passando a ser mais frequente também entre periódicos e livros. A participação discente é maior entre programas com conceitos mais elevados, o que significa que também contribuem em maior medida para os conceitos dos programas. Por fim, pode-se afirmar que há prevalência da colaboração entre discentes e seus respectivos orientadores quando as autorias das publicações envolvem estudantes e professores.