Bagaço de cana-de-açúcar como substrato para produção de enzimas lignolíticas fúngicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Antunes, Josiane Ratier de Quevedo
Orientador(a): Roche, Kennedy Francis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3264
Resumo: Os fungos de podridão branca possuem potencial em degradar compostos lignocelulósicos, como a madeira, o que torna este grupo um alvo para pesquisas biotecnológicas. As principais enzimas relacionadas à degradação de compostos lignocelulósicos são as lacases, lignina peroxidase (LiP), manganês peroxidase (MnP) e celulases. O objetivo deste trabalho é estudar enzimas lignocelulíticas de basidiomicetos usando como substrato o bagaço de cana-de-açúcar para futuras aplicações biotecnológicas. Foram coletadas e identificadas 28 espécies de basidiomicetos e isoladas em meio de cultura. As espécies Pycnoporus Sanguineus, Schizophyllum commune e Pleurotus agaves apresentaram melhor crecimento e foram selecionadas para testes qualitativos que indicam a presença de enzimas lignocelulósicos extracelulares. P. sanguineus foi a escolhida, pois se destacou quanto ao crescimento e potencial enzimático em todos os meios selecionados, comparada as outras. Foi realizada a determinação das atividades enzimaticas e a atividade de lignina peroxidase cultivado em meio em bagaço de cana-de-açúcar umedecido com água teve seu pico no 14º dia de incubação, atingindo 420 U. L-1. A atividade de lacase nas mesmas condições de cultivo apresentou, também, um pico ao 14º dia de incubação atingindo 250 U. L-1. Quase não foi possível detectar manganês peroxidase quase não foi possível detectar atividade enzimática. As enzimas do fungo P. sanguineus utilizadas no tratamento para remover uma porcentagem da lignina presente no bagaço da cana foram capazes de remover a lignina em aproximadamente 15 %, em 28 dias. Foi gerado açúcar no meio, provavelmente devido a degradação (quebra) da lignina pela ação das enzimas fúngicas liberando carboidratos e possibilitando assim um reaproveitamento dos açúcares do bagaço para aplicações biotecnológicas como produção de etanol de segunda geração.