Doença cardiovascular em pacientes com espondiloartrite do ambulatório de reumatologia do hospital universitário da UFMS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva Junior, Delcio Gonçalves da
Orientador(a): Costa, Izaías Pereira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2746
Resumo: Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbimortalidade na atualidade e tem prevalência particular em determinados grupos de indivíduos, principalmente quando expostos a um maior grau de inflamação. As doenças reumáticas expõem seus portadores a essa condição de risco cardiovascular aumentado tendo sido recentemente associadas á espondiloartrite (EpA). Relacionadas ao sistema de histocompatibilidade HLA, as EpAs podem apresentar variações fenotípicas em diferentes populações e consequências cardiovasculares também diversas. Objetivos: Estimar a prevalência de doença cardiovascular (DCV) e o perfil de risco cardiovascular, correlacionando o tempo de diagnóstico e atividade da EpA em pacientes do ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário da UFMS. Métodos: 50 pacientes com EpA (EpA) comparados por estudo transversal com grupo controle (GC). Excluídos diabéticos, indígenas e gestantes. Submetidos a dosagem do perfil lipídico e marcadores inflamatórios, a eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassom de carótida e estratificados quanto ao risco cardiovascular global. Os com EpA tiveram avaliados a atividade e comprometimento da doença (BASMI, BASDAI, BASFI e ASDAS). Resultados: Idade média: 42,46±1,23 anos, tempo de diagnóstico EpA: 9,58±1,20 anos . Não houve diferença da estratificação de risco cardiovascular entre os grupos com maioria em intermediário e alto (EpA: 52% e CG: 62% , p=0,258).Prevalência de DCV manifesta baixa (~2%), sem diferença entre os grupos, com exceção de bloqueio de ramo direito (EpA: 14% e CG: 2%, p=0,027). Prevalência de DCV subclínica sem diferença estatística entre os grupos, porém com médias de espessura íntima de carótidas (EpA: 1,6±0,04 e CG: 0,7±0,00, p=0,016) e microalbuminúria (EpA: 8,01±1,76 e CG: 3,87±0,95, p=0,042) maiores no grupo com EpA. Não houve correlação entre atividade da doença ou marcadores inflamatórios e doença cardiovascular, mas sim com tempo de diagnóstico de EpA e espessura íntima média de carótida (p=0,039, r=0,328).Conclusões: A prevalência de DCV e fatores de risco foi semelhante entre os grupos. O grau de aterosclerose subclínica foi maior na EpA, relacionada ao tempo do diagnóstico e independente dos fatores de risco cardiovascular ou grau de inflamação. A maioria dos espondiloartríticos está expostos a risco cardiovascular elevado.