Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
GARCIA, AUREA DA SILVA
 |
Orientador(a): |
VARGAS, ICLEIA ALBUQUERQUE DE
 |
Banca de defesa: |
VARGAS, ICLEIA ALBUQUERQUE DE
,
TAMAIO, IRINEU
,
WIZIACK, SUZETE ROSANA DE CASTRO
,
SOARES, DANIELA NOGUEIRA
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
|
Departamento: |
INFI
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11386
|
Resumo: |
A diversidade socioambiental e cultural ganhou especial atenção nos últimos anos em resposta às lutas da sociedade civil pela incorporação de temas complexos às agendas internacionais. Dadas as suas particularidades, essas agendas, ao se tornarem políticas públicas, nem sempre atendem às demandas dos territórios. Buscando aproximar e ressignificar essas agendas para os contextos locais, a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal promoveu a Formação em Gênero, Água e Educação Ambiental (GAEA). Assim, a presente investigação objetivou problematizar as contribuições da Formação GAEA de forma a descrever a dinâmica da construção desse processo formativo, além de refletir sobre a primazia das agendas internacionais para o fortalecimento das políticas públicas no Pantanal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho biográfico, tendo como um dos principais objetos de análises os relatos de experiências dos cursistas fruto do referido processo formativo. A trajetória da pesquisadora – pessoal, profissional e acadêmica - em constante aprendizagem na busca da igualdade e equidade de gênero se interconecta com a complexidade da Formação GAEA, com a multidimensionalidade dos temas gênero, água e educação ambiental e com a dinâmica territorial e cultural do Pantanal. Para tanto, utilizaram-se referenciais que aportam para autobiografia, representações, territórios, inclusive os que pautam o Pantanal e suas peculiaridades. Referenciais teóricos e documentos institucionais foram fundamentais para a construção da presente narrativa, dentre eles a Declaração de Dublin (1992), a Declaração do Milênio (2000) e a Resolução CNRH nº 98/2009 materializam esforços para as interconexões de gênero, água e educação ambiental, e ainda substanciam a dialogicidade e as aproximações das agendas internacionais para os territórios. Nessa tessitura emergem convergências e distanciamentos, bem como a importância de se empoderar lideranças locais, em especial as mulheres, visando ao seu protagonismo com criticidade e segurança, frente às forças desiguais pautadas nas políticas hegemônicas atuais. Soma-se a dinâmica de construção, materialização e desdobramentos do processo formativo GAEA como uma iniciativa motivadora, capaz de provocar reflexões e gerar conhecimento e reconhecimento das problemáticas e oportunidades dos lugares em que se vive, como um território de vida. E ainda, a importância dos atores locais para a promoção da igualdade e equidade de gênero a partir do empoderamento de lideranças, sobretudo femininas, na defesa e conservação do ambiente para a melhoria e manutenção da qualidade de vida da população. Ademais, todos os esforços durante a Formação (temas e intervenções) não foram suficientes para contemplar as diversidades de discussões sobre ameaças e impactos, ou mesmo as riquezas sóciocultural e ambiental no território pantaneiro. |