A questão agrária e o ensino de geografia nos anos iniciais do ensino fundamental I em Ilha Solteira (SP): relação campo-cidade e novas práticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Castro, Mariana Vasconcelos da Silva
Orientador(a): Almeida, Rosemeire Aparecida de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2977
Resumo: A questão agrária é objeto de estudo deste trabalho. Escolhemos a escola e a Geografia escolar como ambientes de investigação da temática agrária porque uma minoria da população, a classe dominante, utiliza, em especial, a escola para manter e reproduzir seus ideais capitalistas. A educação no Brasil acabou servindo para reproduzir o sistema ideológico do modo de produção capitalista, não só para mantê-lo, como também para silenciar quaisquer resquícios de mudanças ou lutas. Por isso, a importância de novos olhares e práticas no ensino de Geografia a fim de auxiliar o sujeito a desenvolver-se plena e criticamente. Abordar no ensino fundamental conteúdos que analisam e desnudam a conflitualidade da realidade colabora com o processo de construção de conhecimentos críticos. Logo, o objetivo desta pesquisa foi analisar as práticas da Geografia escolar no tocante aos conteúdos da questão agrária buscando entender os limites e as possibilidades de novas práticas nas séries iniciais do ensino fundamental de Ilha Solteira/SP. Destacando, pois, a importância da Geografia e da questão agrária para a formação crítica nas escolas, em busca de mudanças e transformação social. Para alcançar os objetivos foi realizada uma pesquisa bibliográfica, investigação dos livros didáticos utilizados nas escolas foco da pesquisa, bem como proposição de sequencias didáticas como possibilidade de novas práticas que considerem a questão agrária nos anos iniciais do ensino fundamental como essencial para que os educandos apreendam conceitos para leitura da realidade, tendo como ponto de partida o letramento geográfico (leitura geográfica de mundo). A pesquisa foi realizada com a aplicação de sequências didáticas para os educandos do quinto ano, de duas escolas municipais de Ilha Solteira/SP (EMEF Prof.ª Lúcia Maria Donato Garcia e Prof.ª Aparecida Benedita Brito da Silva). O resultado aponta para um ensino atual, ancorado no livro didático, que desconsidera a conflitualidade da realidade com predominância de material didático com conteúdos que desvalorizam o modo de vida camponês. Por outro lado, as sequências didáticas revelam a importância da Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como a diferenciação do olhar geográfico no tocante a realidade circundante, ou seja, educandos oriundos do campo possuem letramento geográfico distinto dos educandos provenientes da cidade, por exemplo.