Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Justino, Lucyana Conceição Lemes |
Orientador(a): |
Nunes, Cristina Brandt,
Gerk, Maria Auxiliadora de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2509
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo geral conhecer a situação da violência sexual contra adolescentes no Município de Campo Grande/Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo transversal. A população foi composta por 172 fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), correspondentes ao período de janeiro de 2009 a janeiro de 2013, de adolescentes que sofreram violência sexual, na faixa etária de 12 a 18 anos incompletos de idade, de ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada durante o mês de abril de 2013 pela própria pesquisadora, por meio de um instrumento adaptado da Ficha de Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências. A maioria dos adolescentes em situação de violência foi de meninas (94,8%), com idade entre 12 a 14 anos (70,4%), da cor branca (37,8%) e com ensino fundamental incompleto (43,6%). Os que apresentavam deficiência mental (31,8%), em comparação a outros transtornos, sofreram mais violência. Com relação a quem a praticou predominou a intrafamiliar (51,7%), com 53,5% dos casos ocorridos na residência do adolescente, com um autor (66,9%) e do sexo masculino (88,4%) e o uso suspeito de álcool (28%). O tipo de violência sexual mais praticado foi o estupro (64,5%) e se realizou a profilaxia de Doenças Sexualmente Transmissíveis (34,3%) e Vírus da Imunodeficiência Humana (32%), bem como a contracepção de emergência (29,7%). As consequências verificadas foram, em sua maioria, o transtorno de estresse pós-traumático (40,7%) e a gravidez (8,7%). Após a notificação e o primeiro atendimento os adolescentes foram encaminhados à atenção primária de saúde (69,8%) e ao conselho tutelar (46,5%). Não houve um padrão espacial de violência sexual contra adolescentes no município pesquisado, a mesma teve distribuição homogênea em toda a sociedade sem distinção de estrato social. Evidenciou-se que a violência sexual contra adolescentes faz parte do cotidiano da população e a notificação é fundamental para o conhecimento do perfil da violência para a intervenção profissional e prevenção, bem como subsidiar a formulação de políticas públicas e práticas efetivas pelos diversos setores que atuam na temática. Estudos sobre o fenômeno da violência sexual contra adolescentes, sua abordagem e consequências, considerando-se o índice de qualidade de vida urbano, fazem-se pertinentes para o aprimoramento da prevenção para a redução de seus agravos. |