A normalização na prática pedagógica e a constituição do conceito de inclusão nas escolas comuns da Educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Guimarães, Mariuza Aparecida Camillo
Orientador(a): Osório, Antônio Carlos do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/788
Resumo: O tema inclusão de pessoas com deficiência na educação tem suscitado diversas pesquisas, defendendo ou rejeitando, mas reconhecendo que existe a exclusão e fazendo indicações quanto a necessidade do atendimento destes sujeitos. Essa pesquisa teve como objetivo evidenciar os discursos verdadeiros, presente na narrativa oficial apresentado pelos vinte e seis estados brasileiros e pelo Distrito Federal, que estabelecem a normalização da prática pedagógica, na tentativa de ser inclusiva se tornando cada vez mais excludente, em vista de não explicitar a necessidade de se discutir a sociedade, suas desigualdades e condições materiais, que são os principais fatores causadores da exclusão e da necessidade de políticas de inclusão. Esse trabalho traz elementos históricos, analisados à luz do Referencial Foucaultiano, com destaque para os fragmentos que denotam a necessidade da educação para todos como instrumento de controle e manutenção ou conquista do poder. Discute-se como este discurso aparece na sociedade no mundo, no Brasil e em Mato Grosso do Sul e o papel desenvolvido pelas políticas públicas, especialmente em nível local, que foram elementos fundamentais para a normalização da prática pedagógica e a constituição do conceito de inclusão nas escolas comuns da Educação Básica. Dentre as conclusões desse estudo, destacam-se a influência do discurso normalizador na prática pedagógica, o que significa dizer que os trabalhadores em educação cumprem aquilo que se espera deles quanto a uma “pseudo-aceitação”, lembrando que não há reflexão, compreensão, compromisso ou envolvimento com a prática necessária ao atendimento dos objetivos propostos pela educação inclusiva, reforçando cada vez mais os mecanismos de exclusão social.