Identificação de hemoparasitos e carrapatos de cães procedentes do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Salgado, Fabiana Pessoa
Orientador(a): Honer, Michael Robin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/947
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo identificar hemoparasitos e carrapatos de cães atendidos no Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul. Foram realizados esfregaços de sangue periférico e venoso de 167 cães procedentes de várias regiões desse município. Do total de animais examinados, 62,28% apresentaram resultados positivos para hemoparasitos, e Babesia canis foi encontrada em 10,78% das amostras, Ehrlichia canis em 60,48% e Hepatozoon canis em 2,40%. Dentre os animais avaliados, 23,95% estavam infestados apenas por carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus, onde não houve correlação entre a presença dos hemoparasitos e o parasitismo por carrapatos. Os resultados indicaram que os cães do Centro de Controle de Zoonoses foram acometidos por B. canis, E. canis e H. canis, onde foram encontradas coinfecções entre esses hemoparasitos, que podem dificultar o diagnóstico clínico e laboratorial e também agravar as manifestações clínicas dessas hemoparasitoses caninas. Borreliose canina tem como agente etiológico Borrelia burgdorferi lato sensu, que é transmitida por carrapatos ixodídeos e pode acometer seres humanos e animais. Foram coletadas 180 amostras sanguíneas de cães procedentes do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul. Os soros analisados por meio do ensaio imunoadsorção enzimático (ELISA) indireto revelaram 73,3% (132) de animais soropositivos, com títulos que variaram de 1:400 (46,1%) a 1:3200 (0,5%). Todos os cães foram examinados quanto à presença de carrapatos e foi encontrada apenas a espécie Rhipicephalus sanguineus em 15,6% (28) dos cães avaliados. O grande número de cães soropositivos detectados demonstra a hipótese da ocorrência de Borrelia sp. como possível agente da borreliose de Lyme simile e desta forma a sua relevância como zoonose emergente.