Incorporação de resíduo de curtume em artefatos cerâmicos: uma alternativa para redução de Passivo Ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oliveira, Lisandra Tamiozzo de
Orientador(a): Ide, Carlos Nobuyoshi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1503
Resumo: O presente estudo objetivou avaliar a influência da adição de um resíduo de curtume contendo elevada concentração de cromo, em uma massa argilosa comercial empregada na fabricação de cerâmicas estruturais, utilizando-se do processo de estabilização por solidificação, visando a redução de passivos ambientais gerados por esta tipologia industrial. Tal resíduo foi incorporado nas seguintes proporções às massas cerâmicas: 2,5%, 5,0%, 10% e 20%, queimados em três diferentes temperaturas: 750ºC, 950ºC e 1150ºC. A qualidade do produto fabricado foi avaliada por meio das características físico-mecânicas (tensão de ruptura à flexão, absorção de água, porosidade aparente, massa específica aparente, perda de massa ao fogo e variação linear dimensional), ensaios químicos de lixiviação e solubilização e teste de toxicidade aguda com Daphnia similis. Os resultados físicos indicaram a possibilidade de utilização de até 5% de resíduos, com corpos de prova apresentando absorção de água da ordem de 16% e resistência mecânica de 5,9 MPa. As concentrações dos metais no extrato lixiviado estiveram abaixo do limite máximo estabelecido pela legislação brasileira, entretanto, alguns elementos no extrato solubilizado estiveram acima do limite permitido. Esse resultado foi considerado muito bom, pois o processo promoveu a mudança de classe do resíduo, que antes era classe I – perigoso, para classe IIA- não inerte. Os testes de toxicidade a Daphnia similis revelaram toxicidade ao solubilizado. Amostras queimadas a temperatura de 1150ºC apresentaram menor toxicidade, quando comparadas às queimadas a 950ºC. Amostras sem adição de resíduo também apresentaram toxicidade à Daphnia similis.