Prevalência de sintomas vocais em professores da rede municipal de ensino de Campo Grande – MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Hermes, Elisangela Giroto Carelli
Orientador(a): Bastos, Paulo Roberto Haidamus de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2263
Resumo: A necessidade do uso da voz como ferramenta de trabalho tem crescido nas últimas décadas. Entre os profissionais que utilizam a voz como principal instrumento de trabalho encontram-se os professores, que são alvo da maioria das pesquisas, representando, aproximadamente, quatro milhões de trabalhadores no Brasil. Ficar rouco, por um período, decorrente da rotina de trabalho. A aceitação da rouquidão como se fosse algo natural mostra a falta de informação sobre como a voz dos professores é afetada e sobre como os problemas vocais poderiam ser minimizados ou até evitados, caso esses profissionais tivessem acesso a programas preventivos, seja na esfera pública ou privada. Essa pesquisa teve como objetivo realizar em 2013 um importante levantamento epidemiológico sobre a prevalência de sintomas vocais em professores na Rede Municipal de Ensino – REME - em Campo Grande, MS, Brasil. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo. Dentre os 4.957 professores cadastrados na SEMED/2013, 394 participaram da pesquisa. Todas as sete regiões urbanas do município (Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa, Segredo, Centro, Imbirussu) foram amostradas. Para a coleta de dados utilizou-se o protocolo de Ferreira et al., adaptado, utilizando-se como método de mensuração a escala Likert. Esse instrumento já foi aplicado em mais de 10.000 professores, na cidade de São Paulo – SP. Os resultados demonstraram alta prevalência (21,5%) de sintomas vocais autorreferidos pelos professores e possíveis associações a fatores preditivos de problemas vocais: variáveis individuais (hábitos de vida, saúde geral, comportamento vocal, tratamentos) e variáveis laborais (autoimagem vocal, absenteísmo, nível de instrução sobre higiene vocal). Conclui-se que a seriedade dos problemas de voz do professor, vivenciados diariamente nos serviços de atendimento fonoaudiológico e na Rede Municipal de Ensino foi revelada em números expressivos nessa pesquisa. Os professores apresentam múltiplos sintomas relacionados ao uso da voz no trabalho e percebem os importantes efeitos adversos de um problema de voz em seu desempenho profissional, considerando inclusive a possibilidade de mudança de profissão. Ações preventivas e interventivas precisam continuar sendo estudadas, assim como políticas públicas específicas às realidades locais precisam ser implantadas e/ou implementadas.