Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bedun, Maria Rosangela |
Orientador(a): |
Avelino Júnior, Francisco José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1580
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Resumo: |
A presente dissertação versa sobre as mudanças vinculadas às conjunturas econômica, política e social decorrentes no campo nas últimas décadas no Brasil. Nesse contexto, buscamos apresentar, nesta pesquisa, reflexões sobre a resistência camponesa frente à expansão da lógica capitalista de produção. No bojo deste cenário, é coerente analisarmos a concentração exacerbada da propriedade da terra, organizada a partir do predomínio da monocultura voltada para exportação, sob a magnitude da expansão e territorialização do agronegócio e a marginalização da agricultura familiar camponesa pelas políticas agrárias. Tal fato nos remete compreendermos a dualidade de relações de produção que atuam em torno do espaço agrário brasileiro, qual sejam camponeses versus capitalistas. Considerando o exposto, a pesquisa tem como objetivo analisar os desafios e perspectivas da agricultura familiar camponesa frente à expansão e territorialização do agronegócio no município de Tupi Paulista/SP e no seu entorno regional, onde o agronegócio canavieiro vem ganhando espaço com a instalação de cinco destilarias na região. Nessa perspectiva, a nova dinâmica territorial e as formas organizacionais e produtivas desencadeadas no espaço agrário atual têm acirrado a disputa territorial entre camponeses e agronegócio. Valendo-se deste diálogo, há que se considerar que os conflitos territoriais entre a lógica camponesa e a lógica capitalista estão intimamente ligados à distinção das formas organizacionais e das relações de produção que redefinem o campo. Tal compreensão emerge ao apontarmos que a lógica camponesa se centra na tríade família, trabalho e terra, enquanto a lógica do agronegócio está centrada no lucro e na renda. Para tanto, estamos atentos para uma reflexão vinculada à territorialização e à espacialização da luta pela terra de trabalho empreendida pelos camponeses como forma de (re) criação e resistência frente à intensa concentração fundiária atrelada ao agronegócio. |