Prevalência de Síndrome metabólica em indivíduos hipertensos cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família, Corumbá - MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Costa, Elisângela Martins da Silva
Orientador(a): Bastos, Paulo Roberto Haidamus de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/335
Resumo: A Hipertensão Arterial representa um fator de risco independente, linear e contínuo para doenças cardiovasculares. No entanto, o que se observa freqüentemente na prática clínica é a combinação deste fator com outros fatores de risco de origem metabólica. A presença conjunta de hipertensão arterial, obesidade abdominal, dislipidemias, tolerância diminuída à glicose e resistência à insulina caracteriza a Síndrome Metabólica. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de Síndrome Metabólica (SM) em indivíduos com hipertensão arterial. Realizou-se um estudo de corte transversal com 295 hipertensos, com idade igual ou superior a 18 anos, cadastrados na Unidade de Saúde da Família Fernando Moutinho, no município de Corumbá, MS. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2008 a março de 2009. Para o diagnóstico da Síndrome Metabólica foram utilizados os critérios do National Cholesterol Education Program – Third Adult Treatment Panel (NCEP- ATP III) e da International Diabetes Federation (IDF). Foram obtidos dados antropométricos e clínico-bioquímicos através de exames físicos e coleta de material biológico e/ou acesso aos prontuários dos pacientes hipertensos, respectivamente. Para verificar a associação entre variáveis foi utilizado o teste Qui-quadrado (com cálculo da razão de prevalência). As prevalências de SM foram calculadas com os respectivos intervalos de confiança de 95%. A análise de concordância entre os métodos de diagnóstico IDF e NCEP ATP-III foi realizada através da determinação do coeficiente kappa. Os resultados mostraram que 66,4% dos indivíduos eram do sexo feminino, com idade média de 59,3 anos. Do total de hipertensos participantes do estudo, 252 (85,4%) e 209 (70,9%) foram diagnosticados como portadores de SM segundo os critérios da IDF e NCEP-ATP III, respectivamente. A Síndrome Metabólica foi mais freqüente entre as mulheres, tanto no critério da IDF (93,4%) quanto no do NCEP-ATP III (85,8%). No grupo total, houve uma concordância moderada entre os dois critérios (K=0,549, p<0,001), porém foi melhor para o sexo feminino (K=0,44, p<0,001) do que para o masculino (K=0,32, p<0,001). Dos hipertensos com SM pelo critério do NCEP-ATP III, 3,3% não apresentaram SM pela definição da IDF. Dos diagnosticados como tendo SM pela IDF, 19,8% não preencheram os critérios do NCEP-ATP III. O estudo permitiu concluir que: 1. com o critério da IDF encontrou-se uma maior prevalência de SM entre hipertensos em relação à prevalência encontrada com o critério do NCEP-ATP III; 2. a prevalência da SM foi maior entre as mulheres, independente do critério utilizado; 3. a concordância entre as duas definições foi considerada moderada.