Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Mirella Villa de Araújo Tucunduva da |
Orientador(a): |
Osório, Antônio Carlos do Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2883
|
Resumo: |
Este estudo apresenta as bases para a compreensão dos discursos sobre a inclusão social de pessoas com deficiência por meio do trabalho, tendo como processo os desafios educacionais. O objetivo é compreender como a educação e o trabalho, permeiam a inclusão social das pessoas com deficiência. A tese apresentada é que a inclusão social das pessoas com deficiência é determinada cada vez mais pela apropriação do saber formal e a consequente inserção no mercado de trabalho A inclusão social, neste estudo, é entendida como a possibilidade, quer seja pela educação, quer seja pelo trabalho, das pessoas com deficiência participarem da sociedade, junto às demais pessoas, em uma vida cotidiana plena. O processo de investigação permitiu sinalizar percepções no sentido de compreender a inclusão social das pessoas com deficiência entendendo que as práticas de si são produções sociais marcadas por mecanismos de superação das dificuldades constituídas além dos processos pedagógicos de escolarização ou da formação profissional. As práticas sociais podem chegar a engendrar domínios de saber que não somente fazem aparecer novos pensamentos, novos conceitos, mas também fazem nascer outras reflexões de um discurso tomado como um conjunto de estratégias que fazem parte dessas práticas. Tratase de uma pesquisa descritiva, na qual os procedimentos técnicos para investigação se caracterizam de cunho qualitativo. Procurou-se compreender a inclusão social dando voz aos sujeitos da pesquisa, ou seja, às pessoas com deficiência que trabalham, e focalizou-se em uma empresa de grande porte em Campo Grande/Mato Grosso do Sul, utilizando esse campo como uma amostragem para demonstrar que a inclusão social da pessoa com deficiência não se desvincula das práticas sociais explicitadas em suas diferentes correlações entre educação e trabalho. O suporte metodológico para a análise dos dados coletados baseia-se nas obras de Michel Foucault, filosofo francês, que enfatiza a arqueologia como uma forma segundo a qual devemos “sacudir a quietude” com que aceitamos as continuidades irrefletidas e pelas quais se organizam os discursos a serem analisados. Como resultados possíveis, percebemos que as pessoas com deficiência são retratadas em contextos estereotipados e reducionistas. O discurso típico a seu respeito costuma se limitar a dois polos: a negação da autonomia e a exploração da imagem dessas pessoas, apelando para situações que despertam sentimentos de pena ou motivação para quem não tem nenhum tipo de deficiência. São muito comuns as histórias de superação, contadas para comover as demais pessoas a partir das dificuldades vivenciadas por quem tem deficiência. Muita gente ainda é surpreendida quando esses indivíduos demonstram que possuem liberdade de escolha e plena capacidade para viver em sociedade. Desse modo, pode-se apreender que os discursos sobre a inclusão social da pessoa com deficiência se “estruturam” e se “desestruturam” na exigência da práxis constante de novas buscas de compreensão da realidade que os cerca, resgatando diferentes práticas sociais e dialogando, a partir delas, concessões possíveis sobre a forma padronizada da sociedade, que muitas vezes se estabelece absoluta e imutável. |