Saúde e ambiente da população ribeirinha - área urbana de Aquidauana e Anastácio/MS : análise do contexto geográfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ximenes, Lenita da Silva Vieira
Orientador(a): Santos, Eva Teixeira dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3399
Resumo: A preocupação da geografia demonstrada em estudos sobre a relação da saúde-doença com o ambiente remonta a antiguidade, principalmente no que se refere à espacialização e associação das doenças. A população ribeirinha dos munícipios de Aquidauana e Anastácio ao longo dos anos sofre consequências, especificamente relacionadas ao problema da inundação. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a população e os hábitos de saúde, bem como os aspectos do meio ambiente que influenciam as condições de vida das famílias pertencentes às comunidades residentes às margens do rio Aquidauana. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagens quantitativas e qualitativas, com auxílio de trabalhos de campo que ocorreram nas áreas ribeirinhas dos dois munícipios e nos novos conjuntos habitacionais construídos para os ribeirinhos que viviam em área de risco, ao longo dos anos de 2015 e 2016. Foram entrevistados 61 moradores, sendo 41 em Aquidauana e 20 em Anastácio. Dentre os entrevistados, predominou o sexo feminino, com 76% e 75%, respectivamente, cuja principal ocupação foi a de dona de casa, com 41% e 30%; quanto à escolaridade, a maior parte possui o ensino fundamental incompleto, com 42% e 45%, respectivamente. Apresentaram renda de um salário mínimo, com 49% e 50% e; os evangélicos predominam, com 49% e 62%. Em Aquidauana foram identificados cinco pescadores e nenhum na amostra de Anastácio. A maioria das moradias dos ribeirinhos são de alvenaria e madeira, Aquidauana (88%) e Anastácio (85%). Todas as residências estão ligadas à rede de abastecimento de água e recebem serviço de coleta de resíduos, mas o destino final do esgoto é a fossa negra ou o rio Aquidauana. Foi mencionado pelos entrevistados o recebimento de visita domiciliar do agente de saúde esporadicamente. Em relação a patologias mais frequentes, em Aquidauana foram apontadas gripe/ resfriado e hipertensão e em Anastácio, gripe/ resfriado e dengue. Verificou-se ainda que, embora tenham sido entregues novas casas em conjuntos habitacionais localizados em áreas afastadas do rio, na área ribeirinha dos dois munícipios ainda são encontradas algumas famílias, que continuam com os próprios hábitos de descartar e queimar o lixo, mesmo havendo coleta de resíduos, por parte do poder público municipal nos locais. Para tanto, sugere-se a implantação de programas de educação ambiental com o intuito de alertar, tanto aos atuais ribeirinhos, como toda a comunidade dos conjuntos habitacionais nos munícipios de Aquidauana e Anastácio, sobre os impactos causados a saúde e ao meio ambiente, a fim de instigar a mudança de comportamento da população.