Propostas pedagógicas: discursos das relaçoes de poder na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande/MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Almeida, Darci Flávia Julio de
Orientador(a): Osório, Antônio Carlos do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/701
Resumo: Este estudo teve como objetivo principal analisar os discursos contidos nas Propostas Pedagógicas das escolas da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande/MS, por meio de arquivos documentais (legislação; orientações normativas; e propostas), a partir dos referenciais teóricos e metodológicos de Michel Foucault, para evidenciar se os discursos contidos apresentam mudanças na prática pedagógica institucional. Constatou-se a existência de um conjunto de documentos orientadores, com características prescritivas e normativas, levadas a efeito durante todo o processo, desde sua elaboração, até o carimbo de aprovação pelo Órgão Central, reforçando a cultura do poder dominante: a instituição escolar recebe orientações externas disciplinadoras e submete-se às prescrições. Dentre os resultados, observou-se, em cada Proposta Pedagógica analisada, a tradução de um determinado grau de confiabilidade esperado pelo Órgão Central, idealizado pelo exercício do poder e, ao mesmo tempo, comprovam que as teias dos micro-poderes só podem ser entendidas quando exercitadas, em seu duplo sentido, pela obediência no exercício da concessão, que também são outros poderes. Destaca-se, com isso, que toda a instituição escolar sente-se vigiada por meio de diferentes mecanismos, em que o controle é seleto nas mais diferentes ordens. Dessas relações fictícias, com determinações concretas, nasce mecanicamente a sujeição, dispensando recorrer a outros métodos para a observação e cumprimento das orientações, negando com isso todo o propósito de elaboração e execução de qualquer Proposta Pedagógica.