Avaliação nutricional das sementes da Sterculia striata St. Hil. et NAUDIN, proveniente da região do Pantanal Sul-Mato-grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Talita Polli Curcino da
Orientador(a): Braga Neto, José Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1932
Resumo: A Sterculia striata pertencente à família Sterculiaceae, conhecida popularmente no Brasil como chichá-do-cerrado, xixá-do-cerrado, arachachá, chechá-do-norte, castanha de macaco, mandovi ou amendoim-da-mata. Apresenta frutos tipo cápsulas, deicentes, lenhosos, contendo em média cinco sementes (castanhas) comestíveis, de sabor adocicado. O objetivo desse estudo foi avaliar nutricionalmente as sementes da Sterculia striata, proveniente da região do Pantanal Sul-mato-grossense. As sementes foram trituradas e tamisadas, para que se fosse realizado o estudo da composição química e estabelecer o perfil de aminoácidos. Para avaliar a qualidade da proteína da semente, foi realizado um ensaio biológico, utilizando ratos wistar. Os animais foram separados em três grupos, sendo o aproteico, que recebeu ração isenta de proteína, o padrão, que recebeu ração com caseína e o grupo teste, que recebeu ração com a farinha desengordurada do chichá, como fonte única de proteína. As variáveis estudadas foram: peso, coeficiente de eficácia alimentar, coeficiente de eficácia proteica, digestibilidade, balanço nitrogenado, valor biológico e exames laboratoriais, como glicemia, triglicerídeos, colesterol total e HDL. Os resultados revelam que a semente apresenta 16,94% de proteína, 25,72% de lipídeo, 6,96% de umidade, 22,33% de carboidrato total, 3,45% de cinzas e 388,56 Kcal/100g. A quantidade dos aminoácidos valina, isoleucina, lisina e fenilalanina+tirosina na semente foi maior do que o recomendado para crescimento. Como aminoácidos limitantes se teve, em primeiro lugar, a histidina (0,28), seguida da metionina+cisteína (0,57), leucina (0,83) e treonina (0,98). Os valores de coeficiente de eficácia proteica, coeficiente de eficácia alimentar e balanço nitrogenado não se diferiram entre os grupos caseína e teste. A digestibilidade verdadeira e o valor biológico foram significativamente menor no grupo teste, porém ambos os resultados foram maiores que 80%, sendo considerada uma proteína de boa qualidade. Na avaliação laboratorial, a glicemia dos animais do grupo teste foi significativamente menor do que à do grupo caseína. A semente do chichá mostrou ser boa fonte de nutrientes, pois promoveu o crescimento e o ganho de peso semelhante dos animais dos grupos teste e padrão.