A gênese do estado de Mato Grosso do Sul : matizes de uma identidade : análise semiótica do Manifesto/Requerimento da Liga Sul-mato-grossense de 1934 e de textos jornalísticos veiculados em 1977

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Martinelli, Delaine Marcia
Orientador(a): Limberti, Rita de Cássia Aparecida Pacheco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1459
Resumo: Esta pesquisa apresenta figuras, paixões e manipulações presentes em textos temáticos que abordam a criação do estado de Mato Grosso do Sul, com vistas a traçar a identidade do sul-mato-grossense. Para a análise dos textos, o aporte teórico-metodológico utilizado foi a semiótica de linha francesa – Greimas e seguidores renomados, como Landowski, Fontanille, Barros, Fiorin, entre outros. O corpus, que abarca dois momentos distintos no processo da divisão do estado de Mato Grosso, compõe-se de 21(vinte e um) textos. Os dois primeiros, Requerimento e Manifesto, veiculados no ano de 1934, registram o querer, por parte do mato-grossense do Sul de sua liberdade e do fim da opressão político-administrativa a que era submetido e nos quais é possível observar marcas da identidade do sul-mato-grossense. Os demais textos, 19 (dezenove), veiculados pelo Jornal Correio do Estado, reportam-se ao ano de 1977 – ano em que foi criado o estado de Mato Grosso do Sul, desmembrado do estado de Mato Grosso – e trazem em seu bojo matizes identitárias do sul-mato-grossense. No decorrer da pesquisa observou-se a manutenção discursiva do querer do sujeito, das figuras, da paixão pela divisão, além das manipulações presentes na enunciação. Os simulacros, contidos nos textos analisados, constroem o enunciatário como distinto do mato-grossense do Centro-Norte e levam o destinador a conceder-lhe o direito de ser sul-mato-grossense. O enunciatário tem seu estado de coisas e seu estado de alma modificados, passando do parecer para o ser e do querer para o poder. A identidade do sul-mato-grossense apresenta-se como uma "colagem", visto ser o Estado jovem e habitado por migrantes de estados nacionais e estrangeiros.