Desempenho da Calculadora de Risco para Pré-eclâmpsia disponibilizado pela Fetal Medicine Foundation (FMF) associado à ultrassonografia de primeiro trimestre para triagem de pré-eclâmpsia em gestantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Galhardo, Maithe Vendas
Orientador(a): Figueiró-Filho, Ernesto Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1693
Resumo: Segundo as diretrizes da Associação Médica Brasileira, em relação à assistência pré-natal, ficou estabelecido que o número mínimo de consultas nesse período deverá ser seis, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no último trimestre de gestação. O maior número de consultas no final da gravidez se deve à avaliação da gestante em relação ao risco perinatal e aos eventos que geralmente ocorrem nesse período como a pré-eclâmpsia (PE), uma das principais causas de óbito materno. A fisiopatologia da PE ainda não é totalmente esclarecida, sendo considerada como uma patologia de origem multifatorial, para qual aspectos imunológicos, genéticos e ambientais estão associados. A identificação precoce de potenciais gestantes que possam desenvolver PE seria uma ferramenta bastante útil, pois terapias profiláticas poderiam ajudar, e muito, que tais gestações transcorressem com melhores resultados. Sendo assim, esse trabalho se propôs a avaliar o desempenho, em termos de sensibilidade e especificidade, da Calculadora de Risco para Pré-eclâmpsia, disponibilizado pela Fetal Medicine Foundation (FMF) na triagem de gestantes que estão no primeiro trimestre de gravidez, utilizando o ultrassom na avaliação quanto ao risco à PE (precoce, intermediária e tardia), sem marcadores séricos. Para tanto, os dados de 195 gestantes, obtidos por meio de questionário, ultrassonografia de primeiro trimestre e pressão arterial media foram submetidos ao teste em questão para cálculo do risco à PE. O padrão de referência considerado foi a confirmação do desenvolvimento real de PE, nos três estágios descritos. Os cálculos de desempenho do teste foram feitos utilizando-se o Prism 5® para Windows, admitindo um nível de significância de 0,05 e também processados graficamente (Curvas ROC). Os resultados demonstraram sensibilidade maior para o risco à PE tardia (85,7%), comparada à precoce (75%) e à intermediária (80%), com especificidade de 82,4% (PE tardia), 91,2% para intermediária e 98,2% para precoce. Pode-se concluir, então, que para o primeiro trimestre de gestação, a Calculadora de Risco para Pré-eclâmpsia da (FMF) foi um instrumento útil e aplicável na avaliação do risco à PE calculado em gestantes brasileiras.