Avaliação da atividade genotóxica de extratos e do alcaloide indol-monoterpênico obtidos das raízes de Galianthe thalictroides (Rubiaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Fernandes, Liliane Menezes
Orientador(a): Garcez, Walmir Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/376
Resumo: Na família Rubiaceae são encontradas espécies com importância alimentícia, econômica e farmacológica. Várias espécies desta família são utilizadas pela Medicina Tradicional para tratar diversos males. Galianthe thalictroides, pertence ao subgênero Galianthe que é exclusivo da América do Sul. No Brasil foram descritas 38 espécies, das quais 28 são endêmicas, encontradas em regiões de cerrado e campos rupestres. Raízes de G. thalictroides têm sido utilizadas pela medicina popular para tratar e prevenir o câncer e como não há dados na literatura sobre os efeitos citotóxicos e genotóxicos, o presente trabalho teve como objetivo avaliar estas atividades, utilizando ensaios in vitro (Citotoxicidade - MTT e Cometa) e in vivo (SMART). As atividades genotóxicas dos extratos aquosos, preparados a temperatura de 100oC (CGQ) e 4oC (CGF); das frações etanólica (BETER) e clorofórmica (BGTRC-6) e o alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2) obtido a partir da fração clorofórmica (BGTRC-6) foram avaliados por meio do Teste para detecção de Mutação e Recombinação Somática – SMART. Os Ensaios de citotocixidade (MTT) e do Cometa foram realizados somente com o alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2). Os resultados obtidos no teste SMART indicam que os extratos aquosos (CGQ) e (CGF), em diferentes concentrações, não induziram aumentos estatisticamente significativos nas frequências de manchas mutantes, quando comparados com o controle negativo, não apresentando atividade genotóxica. Devido a este resultado somente o extrato aquoso (CGQ), foi associado a Doxorrubicina (DXR), para avaliação de antigenotoxicidade. Os resultados indicaram que este extrato não reduziu os eventos mutacionais ocasionados pela DXR, não apresentando atividade antigenotóxica. Entretanto, a fração etanólica (BETER), uma vez metabolizada apresentou potencial genotóxico, dose resposta. A fração clorofórmica (BGTRC-6), nas concentrações de 0,4 e 0,8mg/mL, ocasionou eventos mutagênicos, expressos pelo aumento de manchas simples pequenas, estatisticamente significativo quando comparado ao controle negativo, e foi citotóxica na concentração 1,6mg/mL. O alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2), apresentou eventos mutacionais significativos, com prevalência de manchas simples pequena, porém não foi citotóxico nas concentrações avaliadas no SMART. Entretanto, no Ensaio de Citotoxicidade (MTT) o alcaloide (RC6-2) apresentou elevada citotoxicidade nas concentrações de (10, 50 e 100μg/mL), porém, no Ensaio do Cometa, não ocasionou quebras de fitas de DNA, não apresentando atividade genotóxica. Os resultados obtidos com o teste SMART, somados aos encontrados no Ensaio do Cometa, sugerem que o alcaloide indol-monoterpênico (RC6-2), seja um inibidor do fuso mitótico, ocasionando aneugênese, uma vez que, apresentou potente atividade citotóxica frente à linhagem de células tumorais de hepatoma humano (HepG2) e não causou recombinação mitótica e sim atividade mutagênica em células somáticas de Drosophila melanogaster.