Correlação entre diagnóstico clínico e anatomopatológico de lesões palpebrais e conjuntivais em serviços de saúde de Campo Grande - MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Falleiros, Edilberto Lima
Orientador(a): Odashiro, Alexandre Nakao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/331
Resumo: A pálpebra e a conjuntiva apresentam uma enorme variedade de lesões benignas e malignas. Muitas delas têm potencial para causar danos funcionais, estéticos e psicológicos ou até mesmo a morte. O diagnóstico clínico (DC), o diagnóstico anatomopatológico (DAP) e as margens cirúrgicas são cruciais para o prognóstico destas lesões. Trata-se de pesquisa descritiva, documental, quantitativa e retrospectiva com dados extraídos das solicitações de exames anatomopatológicos emitidos por cirurgiões e os resultados destes exames. Os objetivos do estudo foram correlacionar DC com DAP, mostrar a freqüência das lesões, avaliar a acurácia do DC e a relação entre margens cirúrgicas e DC em lesões pré-malignas (PM) e malignas (M). De 300 lesões palpebrais avaliadas, havia 87,0% benignas (B), 4,0% PM e 9,0% M. De 135 lesões conjuntivais, 68,1% eram B, 26,7% PM e 5,2% M. A lesão palpebral mais comum foi nevo (18%), calázio (15,3%) e hidrocistoma (11,3%) (grupo benigno); queratose actínica (4,0%) (grupo pré-maligno) e carcinoma basocelular (5,7%), carcinoma sebáceo (1,3%) e carcinoma metatípico (1,3%) (grupo maligno). Das lesões conjuntivais, a mais comum foi nevo (17,0%), pterígio (11,0%) e granuloma (10,0%) (grupo benigno); neoplasia intraepitelial conjuntival (20,0%) (grupo pré-maligno) e carcinoma espinocelular (3,7%) e melanoma (1,5%) (grupo maligno). Nas lesões palpebrais encontramos 23,7% de concordância do DC quanto ao tipo histológico e 30,3% quanto à malignidade e para lesões conjuntivais, 29,6% e 34,8% respectivamente. A acurácia dos DC efetivos palpebrais foi de 73,2% quanto ao tipo histológico e 93,8% quanto à malignidade e nas conjuntivais foi de 69,0% e 81,0% respectivamente. Entre todas as 39 lesões PM e M, 13 (33,3%) tiveram margens cirúrgicas comprometidas pelos tumores os quais tiveram DC B em 30,8% e M em 7,7%. A proporção foi bem diferente das lesões palpebrais PM e M com margens livres (n=24, 61,5%) que tiveram 4,2% de DC B e 16,7% de M. Entre as 43 lesões conjuntivais PM e M, 17 (39,5%) tiveram margens cirúrgicas comprometidas pelos tumores que por sua vez tiveram DC PM ou M em 41,2% e tiveram DC B, indeterminado ou ausente em 58,9%. Entretanto, nenhuma das lesões PM ou M de conjuntiva com margem cirúrgica livre (n=25, 58,1%) tiveram um DC PM ou M. Em relação à concordância entre DC e DAP palpebrais, Dermatologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Oncologia e Oftalmologia foram as especialidades médicas com maior concordância. Todas as lesões conjuntivais foram excisadas por oftalmologistas. Em conclusão, nós encontramos uma alta taxa de DC indeterminado em lesões palpebrais e conjuntivais. O DC foi significativo na determinação de margens cirúrgicas em lesões palpebrais e conjuntivais PM e M.