Diagnósticos e intervenções de enfermagem relacionada à qualidade de vida de pessoas em tratamento hemodialítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lima, Anelise Nogueira de.
Orientador(a): Silva, Maria da Graça da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2002
Resumo: A Doença Renal Crônica (DRC) vem aumentando progressivamente em âmbito mundial, constituindo-se um grave problema de saúde pública no Brasil, devido à sua prevalência crescente e sua morbimortalidade elevada. A pesquisa estabeleceu como objetivo geral propor intervenções de enfermagem para pessoas com DRC, em tratamento dialítico, com enfoque na qualidade de vida (QV). Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizada no setor de hemodiálise de um Hospital Universitário e em três clínicas de hemodiálise de Campo Grande/MS, nos meses de agosto a outubro de 2013. A população do estudo compôs-se de 120 participantes, pessoas submetidas à hemodiálise nos locais de estudo, com idade igual ou acima de 18 anos. A coleta de dados foi realizada mediante a aplicação de um instrumento com questões que abordaram as características sociodemográficas dos componentes da amostra, e para a análise da qualidade de vida foi aplicado o instrumento genérico SF-36 (Medical Outcomes Study 36 - Item Short Form Health Survey) traduzido e validado em português, que avalia a percepção da qualidade de vida que a pessoa tem relacionando à sua própria saúde. Os participantes são, na maioria, homens 68 (56,7%), sendo que 78 (65%) se encontravam em união estável, com renda salarial de um salário mínimo 72 (62,5%), com ensino fundamental 97(80,8%) e 64 (53,3%) encontra-se afastado do trabalho/licença saúde. Quando cruzados os dados sociodemográficos com o SF-36, constatamos que os indivíduos estão piores em qualidade de vida no domínio “Limitação por Aspectos Físicos” (média=43,08) e melhores no domínio “Saúde Mental” (média=67,17). Foram encontrados 19 Diagnósticos de Enfermagem: autocontrole ineficaz da saúde, comportamento de saúde propenso a risco; controle ineficaz do regime terapêutico; disposição para autocontrole de saúde melhorado; estilo de vida sedentário; proteção ineficaz; eliminação urinária prejudicada; insônia; fadiga; intolerância à atividade; baixa autoestima situacional; distúrbio na imagem corporal; interação social prejudicada; integridade da pele prejudicada; conforto prejudicado; dor aguda; risco de desequilíbrio de volume de líquidos; risco de infecção; sentimento de impotência. A pesquisa destacou a necessidade de um envolvimento maior dos profissionais de saúde com as pessoas acometidas pela DRC, enfatizando que é preciso o envolvimento do enfermeiro, juntamente com a equipe de enfermagem, a fim de promover a educação em grupo durante as sessões de hemodiálise, incentivando maneiras novas de viver dentro de seus limites e mantendo a esperança e a alegria.