Avaliação do homem virtual em hanseníase na aprendizagem baseada em equipes (team-based learning) na graduação médica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Savegnago, Cristiane Comparin
Orientador(a): Hans Filho, Günter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2642
Resumo: A rápida evolução dos recursos de telecomunicação indica a necessidade por inovação na construção do conhecimento. Ensinar os estudantes contemporâneos é desafiador, pois os materiais de estudo devem despertar maior interesse, dado o turbilhão tecnológico em que suas vidas estão inseridas. A aprendizagem baseada em equipes - ABE (team-based learning -TBL) é uma estratégia centrada no aluno para aprendizado em grupo. Estudos têm mostrado que o ABE traz maior retenção de conhecimento do que o ensino tradicional, entretanto, poucos trabalhos tem estudado o uso de ferramentas audiovisuais em seu contexto. O Projeto Homem Virtual constitui uma poderosa ferramenta com vídeos de computação gráfica em três dimensões, que objetiva auxiliar o ensino ao facilitar o entendimento da matéria. A hanseníase constitui doença endêmica no Brasil, causadora de sequelas irreversíveis. O ensino na graduação médica é foco importante na luta pelo seu controle e a utilização de ferramentas educacionais virtuais oferece o conteúdo de forma atrativa e motivadora. O objetivo do estudo foi comparar alunos expostos aos não expostos a vídeos do Homem Virtual em hanseníase e neuropatia hansênica, durante aula no modelo ABE, bem como as notas antes e depois de assistirem aos vídeos nos alunos expostos, e a satisfação dos alunos em relação ao seu aprendizado com o Homem Virtual. O estudo foi realizado com 94 estudantes de graduação em medicina do terceiro ano da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Os estudantes foram randomizados em dois grupos: grupo exposto (n=47) assistiu a uma sessão de ABE com dois vídeos do Homem Virtual; o grupo não exposto (n=47) participou de uma sessão padrão de ABE e assistiu a outro vídeo não relacionado ao tema da aula. O nível de conhecimento foi avaliado por provas de múltipla escolha individuais antes e depois de assistirem aos vídeos, provas em grupo e resolução de um caso clínico. Os alunos avaliaram os vídeos através de um questionário em escala Likert. Em relação ao grupo exposto, houve melhora significativa nas médias das notas individuais depois dos alunos assistirem aos vídeos do Homem Virtual (p<0,0001), em relação às notas obtidas antes da visualização dos vídeos. Em relação à comparação entre os grupos de expostos e não expostos, a média das notas individuais depois da exposição aos vídeos foi 8,05±1,31 no grupo exposto e 7,18±1,50 no grupo não exposto, com diferença significativa entre elas (p=0,0001). Não alcançaram diferença significativa as notas das provas em grupo (p=0,6333) e do caso clínico (p=0,4533). Os alunos opinaram que o Homem Virtual é um recurso que aumenta a motivação e facilita o entendimento do conteúdo, desejaram que mais vídeos estivessem disponíveis para outras disciplinas. De acordo com este estudo, recursos iconográficos como o Homem Virtual podem ser utilizados para o ensino na graduação no contexto do ABE como uma ferramenta educacional complementar, o que pode resultar em maior consolidação do conhecimento e motivação para o estudo.