O direito ao grito: a hora do intelectual subalterno em Clarice Lispector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Figueiredo, Carlos Vinícius da Silva
Orientador(a): Santos, Edgar Cezar Nolasco dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1108
Resumo: Por meio da trajetória de uma nordestina vivendo no Rio de Janeiro, a autora Clarice Lispector, utilizando-se da voz de um narrador homem, que também é um escritor, reflete sobre questões de escrita, sobre o contexto e uma nova proposta acerca do papel do intelectual. Dessa forma, o objetivo central desta dissertação é contribuir para o debate teórico-crítico sobre os Estudos da Subalternidade. Estudos esses que visam questionar o colonialismo teórico dos grandes centros e dar voz e lugar àqueles que são silenciados pelo poder hegemônico; tendo como pano de fundo a obra literária e a vida da intelectual Clarice Lispector. Para cumprir tal proposição, percorremos um difícil caminho, marcado pela escassez de materiais traduzidos e pouco difundidos em nosso país. Há de se deixar claro, todavia, o quanto essa teoria nos ajuda a refletir sobre questões culturais e sociais existentes no contexto latino-americano e que, por sua vez, pode contribuir para a análise das obras literárias. A análise parte do texto literário enquanto matéria discursiva cultural e trata de forma específica das questões sociais e culturais que permeiam a obra. Trata-se como problema de pesquisa o questionamento do lugar e papel do intelectual na contemporaneidade. Nossa tese é a de que A hora da estrela (1977) constitui a biografia intelectual da ficcionista Clarice Lispector.