Purificação e caracterização bioquímica das amilases produzidas por aspergillus sp. e neurospora crassa exo-1: imobilização da enzima em alginato de sódio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Salomão, Evelyn de Andrade
Orientador(a): Giannesi, Giovana Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3162
Resumo: O complexo amilolítico possui enzimas de grande importância industrial, como a α-amilase e a glucoamilase, que catalisam a hidrólise do amido. Fungos filamentosos são capazes de produzir enzimas amilolíticas e dentre eles estão os do gênero Aspergillus, que se destacam como excelentes produtores e o Neurospora crassa Mutante exo-1 que é conhecido pela hiperexpressão da glucoamilase. O presente trabalho teve por objetivo purificar, imobilizar e caracterizar amilases produzidas pelos fungos Aspergillus sp. e Neurospora crassa Mutante exo-1. A α-amilase produzida pelo fungo Aspergillus sp. obteve purificação em coluna DEAE-Celulose de 7,59 vezes e 82,79 % de rendimento. A análise eletroforética em SDS-PAGE a 7 % revelou uma banda bem definida de peso molecular aproximado de 87 kDa. A imobilização foi realizada em alginato de sódio 3,5 % e cloreto de cálcio 0,5 M apresentando em torno de 40 % de atividade após o quarto e quinto ciclo de reuso. Os valores de pH e temperatura ótimos, para as enzimas livre e imobilizada, foram 4,5 e 65 °C e 4,5 e 60 °C, respectivamente. Os testes de estabilidade ao pH da enzima imobilizada mantiveram valores próximos a 100 %, enquanto que a livre apresentou queda de 50 % da atividade em todas as faixas de pH nos primeiros 10 minutos de incubação. Na estabilidade a temperatura a enzima imobilizada manteve 100 % de atividade em 40 °C, decaindo para 34 % quando elevada até 45 °C, 42 % a 50 °C e 69 % em 55 °C. A enzima livre apresentou 100 % de atividade em 40 e 55 °C, 70 % em 45 °C e 87 % em 50 °C. A glucoamilase produzida pelo Neurospora crassa Mutante exo-1 apresentou purificação de 1,75 vezes com 31,27 % de rendimento em precipitação com sulfato de amônio e coluna DEAE-Celulose. A análise eletroforética SDS-PAGE a 7 % mostrou uma única banda bem definida. Para a imobilização foram utilizados os valores otimizados de 4 % de alginato e cloreto de cálcio 0,1 M mantendo 35 % da atividade do quarto ao sexto ciclo. Os valores de pH e temperaturas ótimos obtidos para a enzima livre e imobilizada foram de pH 5,0 e 65 °C e pH 5,5 e 55 °C, respectivamente. No teste de estabilidade ao pH a enzima livre demonstrou estabilidade em pH 4,0-8,0, a enzima imobilizada reteve menos de 20 % da atividade em 10 minutos de incubação em todos os pH. Na estabilidade a temperatura a enzima livre também apresentou melhores resultados quando comparado a enzima imobilizada, retendo aproximadamente 100 % de sua atividade a 40 e 45 °C, enquanto que a imobilizada reteve menos de 15 % da atividade em todas as temperaturas após 60 minutos de incubação. Os resultados revelaram que a imobilização se mostrou promissora por ser de fácil processamento, baixo custo e pela possibilidade de recuperação e reutilização da enzima.