Lesões por pressão : ocorrências, fatores de risco e prática clínica preventiva dos enfermeiros em centros de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonça, Paula Knoch
Orientador(a): Loureiro, Marisa Dias Rolan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3105
Resumo: Introdução: Anualmente, milhões de pessoas sofrem lesões incapacitantes ou morrem decorrente de práticas de saúde inseguras. As lesões por pressão constituem um dos principais eventos adversos encontrados em serviços de saúde. São caracterizadas como iatrogenias, que causam dor, sofrimento e podem levar à morte. Para as instituições, implica no aumento dos custos do tratamento, além do maior tempo de internação que pode gerar mais riscos. Apesar dos avanços tecnológicos, científicos e do aperfeiçoamento dos serviços e cuidados de saúde, a incidência de lesão por pressão (LP) é elevada, principalmente em clientes de Centro de Terapia Intensiva (CTI). A prevenção de LP está entre as Metas Internacionais para Segurança do Paciente Objetivos: Geral: Caracterizar as ocorrências e as prescrições de enfermagem para prevenção de lesões por pressão em clientes internados em Centros de Terapia Intensiva adulto. Específicos: Descrever os principais fatores de risco para o desenvolvimento de lesões por pressão encontrados em clientes de Centros de Terapia Intensiva de dois hospitais de ensino; identificar as ações preventivas de enfermagem prescritas por enfermeiros de dois hospitais de ensino para a prevenção de lesões por pressão em CTI. Método: Estudo de abordagem quantitativa, de corte transversal, descritivo e analítico, realizado em Centros de Terapia Intensiva adulto de dois hospitais de ensino, entre o período de março a junho de 2016. Participaram todos os clientes internados, com os seguintes critérios de inclusão: idade igual ou maior a 18 anos e 24 horas completas de internação no CTI. Na coleta dos dados foi aplicado um formulário para a avaliação dos clientes internados e revisão dos prontuários. As variáveis elegíveis para o estudo foram categorizadas em três grupos: a) de identificação; b) relacionadas às recomendações gerais para prevenção segundo diretrizes internacionais; e c) relacionadas à avaliação dos fatores de risco. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob parecer número 1.300.163/2015. Resultados: Foram avaliados 104 clientes, com predominância de 53,8% (n=56) do sexo masculino. Os fatores de risco associados à maior ocorrência de LP foram a hipertermia (p=0,029) e a pele edemaciada (p=0,012). Na população do estudo, 49,0% (n=51) apresentaram LP. A região anatômica mais acometida foi a glútea com 87,5%, e sacral com 29,8%. Quanto ao tipo de colchão, a ocorrência de LP ocorreu em 49,0% dos participantes em uso de colchão pneumático e 51,0% com espuma viscoelástica. As ações de enfermagem mais prescritas por enfermeiros foram a Mudança de Decúbito com 82,7%; Utilização de Emolientes para Hidratação da Pele com 76,9% e Realização de Higiene Externa com 67,3%. Conclusão: A LP apresentou fatores de risco e ocorrências variáveis, de acordo com o perfil dos clientes de cada serviço. Os cuidados com a pele não são priorizados nos ambientes de CTI, nos quais os cuidados terapêuticos sobrepõem as ações de prevenção de LP. Nesse contexto, destaca-se a necessidade de ações direcionadas à segurança do cliente, em que a prevenção de LP deve ser tratada como prioridade.