Uma leitura fleckiana da gênese da astrobiologia na educação em ciências

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: SILVA, IVONE DELMIRO DA
• Orientador(a): QUEIROS, WELLINGTON PEREIRA DE
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
• Departamento: INFI
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: estado da arte; state of the art; educação em astrobiologia; astrobiology education; análise epistemológica; epistemological analysis
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM
• Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11315

No presente estudo, apresentamos o estado atual da Astrobiologia na educação, nos diferentes espaços de disseminação científica vinculados a área de Educação em Ciências, no Brasil. O objetivo foi analisar a produção científica sobre ensino de Astrobiologia, à luz da epistemologia de Ludwik Fleck, a fim de compreender a contribuição desta abordagem para a integração e interação dos conhecimentos na Educação em Ciências. Para tanto, buscamos responder à seguinte questão: Qual (is) as tendências e demandas educacionais da temática Astrobiologia? Este estudo baseia-se na pesquisa qualiquantitativa e sem intervenção. A construção e a análise dos dados norteiam-se pela Análise Documental, cujas informações acerca da relação entre o ensino de ciências e a Astrobiologia, foram obtidas nos anais de encontros científicos da área de Ensino, nas bases de indexação dos periódicos de ensino de ciências, na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, no Catálogo de Teses e Dissertações - Capes e no Google Acadêmico, no período de 1998 a 2020. Os trabalhos analisados foram 10 dissertações, 11 artigos de eventos da área de ensino e 13artigos publicados em periódicos sobre educação em astrobiologia. Os resultados refletem-se em poucas pesquisas a nível de mestrado e nenhuma a nível de doutorado sobre a astrobiologia e o ensino de ciências, o que confirma que o assunto ainda está em sua gênese no universo acadêmico, especialmente no Brasil. Embasados nas análises do perfil formativo dos pesquisadores, percebe-se um grande envolvimento de especialistas em Astronomia e Física no processo de formação do coletivo de astrobiólogos e educadores em Astrobiologia. Identificamos 3 coletivos consagrados das dissertações: Coletivo de Física e Astronomia, Coletivo de Educação em Ciências e Matemática e Coletivo de Etimologia, cujos membros (orientadores) possibilitaram a formação do coletivo provisório de mestres em Educação em Ciências e Matemática, que juntos, contribuíram para a formação de um possível coletivo de pensamento de Educação em Astrobiologia. Foi possível classificar os pesquisadores dos artigos dos eventos em 2 classes de coletivos de pensamento: os coletivos provisórios, composto por leigos em formação (graduandos), leigos graduados e mestres, com 15 pesquisadores; e os coletivos consagrados formados por 16 doutores, especialistas em 8 especialidades. A análise da formação acadêmica dos pesquisadores dos artigos dos periódicos também possibilitou a classificação de 8 Coletivos de Pensamento consagrados de doutores bem diversificados em relação as suas especialidades, sendo o único coletivo de leigos formado por uma autora graduada em Ciências Biológicas. Este estudo mostrou-se muito promissor, especialmente por possibilitar a compreensão dos coletivos de pensamento e dos sinais de estilos de pensamento evidenciados nesse movimento de formação de um possível Coletivo de Pensamento de educadores em Astrobiologia.