Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Levandoski, Fernanda Rita |
Orientador(a): |
Meneses, Branca Maria de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2444
|
Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo analisar aspectos ideológicos manifestos nas relações de trabalho de profissionais da saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) e desenvolvem suas atividades em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) de Campo Grande/MS. O referencial teórico foi fundamentado nos pressupostos dos estudiosos da Teoria Crítica da Sociedade. O interesse por tal teoria pauta-se no fato de serem consolidadas análises que contribuem para o entendimento do que tem ocorrido na sociedade atual e, consequentemente, na vida dos sujeitos. Para a coleta de dados, foi elaborado um questionário fechado de respostas de múltipla escolha, com perguntas que contemplam as seguintes questões: a análise que os profissionais fazem das condições objetivas de trabalho; as atitudes valorizadas nas relações de trabalho e aspectos de adaptação, ou não, dos trabalhadores à ideologia vigente. Com o fim de complementar os dados do questionário, foi realizada uma entrevista aberta com a gestora da UBSF contendo os seguintes temas: cumprimento de metas do Ministério da Saúde; realização do planejamento das atividades e tomadas de decisão na UBSF; dinâmica das relações de trabalho; e avaliação dos serviços prestados à comunidade. Os resultados da coleta de dados, analisados, evidenciaram a dificuldade dos sujeitos da pesquisa em avaliarem o que representa o poder da ideologia da sociedade atual. Chamou nossa atenção o fato de que os trabalhadores, ainda que consigam reconhecer as contradições existentes na dinâmica do trabalho e, também, as atitudes que seriam necessárias para a oferta de serviços de qualidade à população, pois assujeitam-se às determinações do Ministério da Saúde, mesmo quando essas não condizem com as reais necessidades da população atendida na UBSF. Os trabalhadores não se reconhecem como agentes políticos que podem mudar a gestão do SUS. Concluímos, então, que há necessidade de ir além do que está posto, rompendo com as determinações formalizadas assentes aos interesses das classes dominantes e, assim, buscar mudanças na gestão do SUS que estejam comprometidas com as questões sociais e políticas de interesse da população. Assim, ao discutirmos aspectos ideológicos manifestos nas relações de trabalho de profissionais da ESF, conseqüentemente, tratamos, também, de aspectos constitutivos da subjetividade. Ou seja, o quão torna-se mais difícil a individuação dos sujeitos, de acordo com a ideologia vigente. Nesse sentido, esperamos poder contribuir com a ampliação dos estudos de psicologia voltados à reflexão da constituição de subjetividade de trabalhadores da área da saúde e a gestão de UBSF. |