Efeitos na incidência de infecção do trato urinário em unidade de terapia intensiva após a implantação de um protocolo assistencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Miranda, Anna Leticia
Orientador(a): Oliveira, Ana Lúcia Lyrio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2894
Resumo: As infecções nosocomiais são adquiridas pelo paciente após sua admissão hospitalar, podendo estar relacionadas aos procedimentos durante a hospitalização. Nas Unidades de Terapia Intensiva, concentram-se pacientes graves submetidos a inúmeros procedimentos invasivos, incluindo a cateterização vesical de demora, procedimento comum que auxilia na terapêutica, porém predispõe a infecções do trato urinário. Objetivo: Comparar os resultados da densidade de incidência de ITU; determinar a taxa de utilização de CVD e identificar os micro-organismos isolados em urocultura e culturas de vigilância antes e após a implantação de um protocolo assistencial em pacientes internados em UTI; correlacionar as condições de risco e as características epidemiológicas dos pacientes em UTI com a densidade de incidência de ITU antes e após a implantação do protocolo. A amostra foi constituída por 47 pacientes adultos internados na UTI em hospital de alta complexidade de Campo Grande/ MS, sendo 28 notificados antes da implantação do protocolo e 19 após. O protocolo foi estruturado pela instituição em novembro de 2013 de acordo com o Ministério da Saúde, preconizando a retirada precoce do CVD, registro e documentação em prontuário, preenchimento de check list, assegurando procedimento de forma asséptica. Resultados: Houve uma redução da densidade de incidência de infecção do trato urinário, porém não estatisticamente significativa pelo teste de t-student (p= 0,254) sendo possível afirmar uma correlação linear negativa entre os meses posteriores da implantação e a redução dos casos notificados de infecção do trato urinário pelo teste de Spearman (p=0,045). Reduziu- se o número de micro-organismos na urocultura após implantação do protocolo (p=0,026), sendo os mais frequentes encontrados na urocultura as bactérias multirresistentes Klebsiella pneumoniae e Candida sp. Não houve redução da taxa de utilização de CVD (p=0,303). Não houve associação significativa entre os pacientes previamente colonizados e urocultura positiva. Conclusão: Houve redução dos micro-organismos na urocultura e sugere que a manutenção adequada do CVD pode favorecer a diminuição de casos de ITU.